Com a bateria afinadíssima, foliões caíram no samba
Arlene Aguiar, de 57 anos, saiu de Curvelo para curtir o primeiro carnaval da capital mineira depois de muitos anos. Com um tom de nostalgia, o bloco a faz lembrar dos pequenos desfiles de bairro há cerca de 40 anos atrás. “Me deu até saudade. Há anos, o desfile era bem familiar, assim como este. É o primeiro bloco que eu vou e está aprovadíssimo”, contou. Com o samba no pé, Arlene não parava de mexer nem mesmo para dar entrevista. Se ela curtia a folia sozinha, agora ela veio acompanhada das duas filhas
O carnaval de raiz também atraiu a fã de escolas de samba como Gabriela Barreto, de 28 anos. “Todo ano passado em São Paulo ou no Rio de Janeiro, este ano decidi ficar em BH. Este bloco foi o melhor que fui até agora”, contou a advogada que já acompanhou os desfiles na capital paulista. “No quesito som, a bateria está maravilhosa”, apontou. Além do mais, o número “restrito” de pessoas ajudou a aproveitar a folia. Ao contrário do que presenciou em outros desfiles em BH, ela conta que falta compromisso com horário e mais banheiros químicos. “Ainda dá para melhorar”, afirma a mulher.
Solidariedade Na contramão do caso de assédio que ocorreu durante o desfile, um ato de solidariedade emocionou os foliões. Durante o cortejo, o grupo abriu alás para Gabriele Carvalho Lemos. A adolescente de 12 anos estava em uma cadeira de rodas e foi convidada para fazer parte da bateria por alguns minutos. A mãe, Daniela Carvalho Lemos, de 46, conta que eles acompanham o bloco há alguns anos, e, que, há pelo menos três, Gabi participa do desfile