O desfile do Pena de Pavão – que neste ano fez uma homenagem às águas de Minas – contou com uma imagem de Oxum, o orixá das águas doces. Apesar da dificuldade de chegar ao local onde o bloco se concentraria devido às condições da estrada, sobrou animação entre o grupo, que terminou o trajeto caminhando, enquanto entoava parte do hino: 'aflorou! Afoxé! Todo mundo andando a pé'. Durante o cortejo, um dos integrantes do bloco, Rafael Gonçalves, recitou a oração de São Francisco.
Na capital, a folia também começou cedo. Na esquina das ruas Ceará com Aymorés, integrantes do bloco Beiço do Wando se reuniram por volta de 8h para um desfile cheio de 'fogo e paixão', como cantava o artista romântico que inspirou a criação do bloquinho.
Para os românticos de plantão, teve também o Bilu Bilu, que se reuniu na Goitacazes, próximo ao Mercado Central. Dedicado à sofrência, segundo seus integrantes, o bloco é do tipo concentra, mas não sai. E por um motivo mais do que justo: ele fica parado para que os participantes possam dançar juntinhos.
À tarde, a animação se espalhou por outras regiões de BH. Na Pampulha, uma multidão acompanhou o bloco Os Baianeiros, que foi seguido por uma multidão nas ruas do Bairro Castelo. Já na Região Leste, o bloco Alcova Libertina agradou foliões que preferem dançar ao som de rock.
Quem também levou uma multidão às ruas foi o Bloco Angola Janga
Para saber quais serão os desfiles desta segunda-feira, você pode acessar o Mapa dos Blocos preparado pelo Portal Uai. Para conferir a programação, é só clicar na imagem abaixo:
Assédio e agressão
Na contramão da alegria do carnaval e do respeito, o assédio marca presença na folia. Uma jovem, de 24 anos, foi ferida por um homem durante o desfile Unidos do Samba Queixinho, no Bairro Carlos Prates, na Região Noroeste de Belo Horizonte. O caso foi flagrado pela reportagem do em.com.br.
O homem, fantasiado com o rosto pintado de laranja e duas estrelas pretas no olho, de aproximadamente 30 anos, insistia em assediar a jovem, quando, com uma cabeçada, feriu o nariz dela. Com o nariz ensanguentado, ela foi acolhida por amigos. O homem saiu correndo e, ainda, não foi identificado. A jovem pretende fazer o Boletim de Ocorrência (BO).
Neste mesmo ano, mulheres ligadas a diversos blocos e foliãs que participam festa de rua da capital lançaram a campanha “Tira a mão: é hora de dar um basta”, contra o assédio durante a folia.