Para alguns o carnaval termina na terça-feira, para outros na quarta. É o caso do Bloco I Wanna Love You que levou reggae, cor e amor ao Parque das Mangabeiras nesta quarta de cinzas.
O ritmo jamaicano embalou os quase mil foliões presentes, era gente feliz que ficou pintada de verde amarelo e vermelho depois que as tintas em pó foram jogadas para cima fazendo um espetáculo lindo. Os coloridos dançaram cantaram e amaram, anunciando que o carnaval não precisa terminar mais. Que BH entenda o recado das ruas e desse carnaval, a cidade cabe todo mundo.
Magnólia
Mardi gras em Bh
Belo horizonte teve um pedacinho de Nova Orleans, um verdadeiro Mardi Gras, a terça de carnaval tradicional dessa parte dos Estados Unidos. A Rua Catumbi, Bairro Santo André, ouviu tambores e trompetes e as casas pareciam querer dançar ao som do jazz do Bloco Magnólia.
Os músicos se concentraram em um centro espirita que fica na rua que o bloco sai. Lá dentro ouvia-se a afinação dos instrumentos de sopro que queriam logo desfilar. Depois de um breve discurso do regente, rua.
As ruas de paralelepípedo suingaram junto com os passos ritmados dos músicos e foliões que batiam palmas e cantavam algumas músicas. Magnólia lembrou que o carnaval não é festa do samba nem do axé, carnaval é festa de todos.
Baianas
Histórico da ocorrência
Os foliões foram acionados a comparecer à praça da liberdade às 12h para atender à solicitação de fazer a festa mais ozada e baiana de Belo Horizonte. Chegando ao local supracitado, segundo relatos das testemunhas, os presentes estavam muito empolgados com o evento em questão, vulgo Bloco Baianas Ozadas. O mesmo, Bloco, tentou se deslocar no sentido da Avenida João Pinheiro, mas foi impedido no primeiro momento por Militares do Corpo de Bombeiros que pediram o plano de segurança do supramencionado, o Bloco.
Nesse momento, segundo o solicitante já se acumulavam mais de 50 mil foliões a espera da saída do Bloco. Os envolvidos na celeuma de que trata esse B.O parlamentaram por cerca de 30 minutos e a autorização foi concedida. Cantaram e desfilaram, lavaram a escadaria da Rua da Bahia e chamaram a cidadã de nome Iemanjá que prontamente atendeu e mandou a pedida chuva. Segundo os solicitantes toró.
O evento/bloco em questão seguiu em direção à Praça da Estação ainda assim. Quando chegou ao destino hora citado há relatos de uma certa explosão, de alegria.
Belo Horizonte por algumas horas pode ser chamada pela alcunha de Salvador.
Não tendo mais providencias a tomar diante de tamanha euforia, encerrou-se o fato.
Pena de pavão de krishna
Domingo de carnaval o dia começou um tanto diferente no Bairro lagoinha. O céu estava azul cor de Krishna e as pessoas também. Uma conexão transcendental se formou no alto da Pedreira Prado Lopes. Foi o dia do Bloco Pena de Pavão de Krishna ou simplesmente PPK para os mais íntimos.
O bloco itinerante e azul começou a colorir a cidade às 8h. Com os mantras e um café da manhã comunitário, a concentração levou tudo que era energia ruim. Quando o bloco começou a entoar o seu hino, dava para contar nos dedos quem não se emocionou.
Aos poucos o bloco andou, e desceu por becos e vielas. Se dispersou mas não acabou, agora todo mundo que estava ali é azul, todo mundo é uma pena de um lindo pavão, agora todo mundo é um pedacinho de Krishna.
Então Brilha
Hino do bloco
Um raio de luz
Abriu um clarão
Estrela da manhã
Me dê a mão
O sol te seduz
Feito um farol
Magia tropical
Do Cigano amor
Pelas avenidas
Cantando pela vida
Esse é o nosso lema
Gente é pra Brilhar
No embalo dessa onda
Axé que contagia
Esse é o nosso lema
Então Brilha, brilha
Ô ô ô a a Então Brilha, brilha
Ô ô ô a a Então Brilha, brilha
Vem pode chegar Ê Ô
Pro quente do verão Ê Ô
Esse é o nosso bloco
Então Brilha, brilha
No primeiro raio de luz do carnaval a estrela da manhã abriu um clarão na Guaicurus. Não houve quem não se seduzisse com o brilho dos olhos de cada folião, que de mãos dadas, feito um farol ascendeu em toda Belô a esperança de um carnaval de todos.
Todo mundo que foi pôde chegar, já que o lema é: Gente é pra Brilhar. O sol fez sua parte, seduziu e a magia tropical aconteceu, estava inaugurado o tempo da folia. Pelas avenidas do Centro de BH e cantando pela vida, esse foi o Então Brilha. Que no embalo dessa onda de sentimentos e com um axé que contagiou brilhou, e brilhou muito!
Sexta Ninguém Sabe
O carnaval de BH tem se tornado uma revelação de sentimentos e blocos, a cada ano surgem alguns novos, tanto sentimentos quanto blocos. Esse ano surgiu o Sexta Ninguém Sabe que atraiu uma multidão de foliões que não aguentavam mais esperar para a festa começar de fato.
O carro de som, com um quarteto de cordas e três cantores, puxava hits de rock e sambas enredo enquanto a bateria, do chão e espremida em meio a multidão, acompanhava.
Lá de cima do carro, músicos e foliões trocavam olhares que pareciam dizer: “eu não acredito no tamanho dessa festa”. Realmente foi inacreditável, gente a perder de vista, não dava para enxergar o final da multidão. E isso sem que o carnaval começasse.
No chão se ouvia a todo tempo: “esse será o melhor carnaval da história.” O povo unido jamais será vencido. Se unam, amanhã o carnaval começa.
E ano que vem na sexta antes do carnaval, todo mundo já sabe.
Moreré
Chama o Síndico
Me beija que sou pagodeiro
Mamá na Vaca
O dia começou chuvoso na capital dos mineiros e parece que a chuva veio para abrir os caminhos daquele que é um dos blocos mais charmosos de belô: Mamá na Vaca. O batuque estava marcado para começar às 10h na praça Caíro, no Bairro Santo Antônio, Região Centro-Sul. Mas a chuva não deixou, “E daí que tá chovendo, se for preciso a gente espera até amanhã pra sair” disse um folião que trajava fantasia de vaca-louca.
Não precisou, por volta de meio-dia a àgua deu trégua e o tucunudum começou animado regido pelo historiador Guto Borges que, vestido de abelha, levou os foliões e a bateria pelas do bairro rumo à estátua da vaca na Rua Leopoldina.
A cada passo o Bloco ganhava adeptos, gente fantasiada chegava de todos os lados, os moradores das ruas onde passava se juntavam à pequena multidão que se formava. O céu também aderiu à festa, o sol abriu de maneira incrível. Não se via nenhuma uma nuvem desde que o Bloco virou o primeiro quarteirão até a chegada na vaquinha.
Teve sol, muito sol o tempo todo. Teve também alegria, muita alegria todo o tempo. Teve muito amor e muitos olhos brilhantes também. Que o Mamá continue sendo o Bloco preferido dos céus.
Santo Bando
Depois de 4 anos sem desfilar o Santo Bando voltou com tudo. Exatamente uma semana antes do carnaval começar, o movimento foi grande em frente o Barbará, tradicional butiquim no Bairro Santo Antônio e sede do Bloco. Segundo a polícia militar eram mais de 8 mil devotos de Momo, segundo os olhos de quem estava lá era muito mais.
A chuva caiu na hora que a bateria dos Invasores do Santo Antônio chegou, mas tambores molhados também tocam e ninguém ali parecia de açúcar. Ao contrário, parece que a chuva trouxe mais gente junto com ela. Às 18 o desfile começou, teve quem seguiu e teve quem ficou. Quem foi viu os moradores do bairro abrirem suas janelas e acenarem para a alegria de quem passava.
O bloco do casamenteiro é uma festa sem igual, tem até Médico virando santo. É o caso de Edmundo Lery, médico nos dias de feira e Santo Antônio no dia de Santo Bando. Entre um pedido de foto e outro, ele andava e distribuía um sorriso sem igual e a a certeza de que o Santo Bando tinha voltado sim senhô. Amém
Concurso Mineiro de Marchinhas e Samba Enredo
Bloco do Trema