Leia Mais
Bloco Juventude Bronzeada leva 7 mil pessoas para as ruas no Bairro FlorestaCom hinos próprios, blocos consolidam seu estilo de fazer música no carnaval de BHEstado de Minas vive a energia do Baianas Ozadas no meio da bateria Bloco Magnólia faz carnaval ao som de jazz em Belo Horizonte; veja o vídeoEnquanto o Bloco Baianas Ozadas atraía multidão na Praça da Liberdade, carnavalescos de vários pontos da cidade traçavam seu trajeto para chegar a tempo. No Bairro Cidade Nova, no coletivo que seguia pela Avenida Cristiano Machado, no sentido Centro, não havia espaço para mais ninguém. “Não tem como se estressar com isso, tem de levar na brincadeira. A gente acaba se divertindo”, comentou o motorista Osvaldo do Nascimento. Dos mais de 30 passageiros em pé, mais da metade estava. Além dos risos e conversas altas, o trajeto nos coletivos em tempos de carnaval em BH contam, ainda, com batuques e retoques dos foliões. Fácil ver por ali mulheres se maquiando e aqueles que se arriscam a cantar músicas.
harmonia Para quem está fantasiado, encontrar alguém no mesmo clima por pontos da cidade virou cumplicidade e certeza de que BH está no caminho certo. “É uma troca. Chegar em um lugar comum, onde não há bloco, e se deparar com alguém também no mesmo ritmo é muito gostoso. Quando íamos imaginar isso em Belo Horizonte?”, comentou a estudante Gabriela Arcas, de 18, que, ontem, fazia compras com a amiga Ana Guerra, ambas fantasiadas, em um supermercado em Santa Tereza. Segundo ela, não há belo-horizontino que tem achado ruim essa interação com os carnavalescos.
Até mesmo em restaurantes a folia mudou o ambiente. Nesses três dias de carnaval, comerciantes já estão se acostumando a atender baianas, mascarados, homens vestidos de mulheres, palhaços, pessoas com turbantes e mulheres com roupas de homens. “Isso não é tão comum assim aqui?”, questionou a turista Janaína Andrade, que veio com mais quatro amigos de Brasília, somente para curtir o carnaval em BH. Segundo ela, no Distrito Federal, realmente, não há tanta interação como em BH e nem tanta gente fantasiada pelas ruas. “Pelo que tenho visto, achava que em BH isso já era tradição”, comentou. Em um restaurante em Santa Tereza, ela nem chamava tanto a atenção assim, já que centenas de pessoas também estavam fantasiadas e se serviam no self-service. Com essa invasão na cidade, os carnavalescos, sejam eles de fora ou não, mudaram a cidade, trouxeram novos hábitos e despertaram novos olhares.