Pequenos e grandes foliões brasilienses se divertiram no Bloco da Tesourinha, criado em 2007 e já tradicional no circuito infantil do carnaval. A concentração, em uma praça de uma quadra residencial de Brasília, reunia super-heróis, princesas, bailarinas, bichos e até pequenos zumbis.Fantasiado de morto-vivo, o estudante Tito Gonçalves, 6 anos, fez questão de escolher o disfarce e teve a ajuda do tio designer para se preparar para o carnaval. %u201CEu não me machuquei de jeito nenhum, foi meu tio que fez%u201D, explicou, mostrando a cicatriz fictícia no rosto. O pai dele, o servidor público Anderson Gonçalves, disse que é a segunda vez que traz Tito ao bloco e aprova a ideia de um bloco infantil.
%u201CÉ bacana por conta da família, normalmente os blocos têm muita gente, com muitos adultos e poucas crianças. Ter um bloco em que a prioridade são as crianças é muito melhor, muito mais tranquilo.%u201D
O educador ambiental Gustavo Lemos foi ao bloco com os filhos e sobrinhos e disse que aproveita a folia tanto quanto os pequenos. %u201CPara a gente que está nessa fase de filhos pequenos, é importante ter um local onde possa curtir o carnaval com crianças, que tenha segurança, uma estrutura um pouco melhor. E é um carnaval com boa música, dentro da quadra, mantém uma tradição de música brasileira%u201D, elogiou.
A trilha sonora, de puro frevo e ritmos brasileiros, é um dos orgulhos do criador do bloco, Renato Fino. Quando foi criado, em 2007, o Bloco da Tesourinha queria homenagear os 100 anos do ritmo pernambucano. O nome do bloco é uma homenagem dupla: ao passo do frevo e às engenhosas ligações entre as partes leste e oeste de Brasília, desenhadas por Lúcio Costa. Oito anos depois, o evento já tem tradição no calendário do carnaval brasiliense e com a cara da cidade, segundo Fino.%u201CUma diferença do Tesourinha é acontecer dentro de uma quadra residencial, porque isso faz parte de uma tentativa nossa de deixar Brasília menos fria. As pessoas moram aqui, nessa área. Fazer a festa dentro do espaço onde as pessoas moram, vivem e coabitam é muito importante. Talvez tenha sido esse o planejamento de Lúcio Costa e Oscar Niemeyer%u201D, avaliou.
Se depender de pequenos foliões como Benjamim Vale, oito meses, devidamente fantasiado de Homem-Aranha, a tradição de pular o carnaval no Tesourinha será mantida. %u201CÉ o primeiro carnaval do Benjamin. Ano passado foi na barriga da mãe e agora está aqui vendo o que é o carnaval de verdade%u201D, disse o pai, o empresário Glauber Vale.Com a chegada do pequeno super-herói, a programação do carnaval da família mudou, segundo ele. %u201CPular o carnaval não é mais aquela coisa de balada, de solteiro, é um carnaval família. E é muito engraçado ver as crianças fantasiadas e como elas se divertem%u201D, comparou.
O Bloco da Tesourinha volta a sair na terça-feira de carnaval (17), com concentração a partir das 16h, na praça da 410 Norte, na Asa Norte de Brasília.
saiba mais
Com microfantasia, Sabrina Sato arrasa em desfile da Gaviões da Fiel
Multidão anima domingo de carnaval em Olinda
-
Então, Brilha espalha cor e animação no desfile em BH; veja o vídeo
Rio vive clima de alegria e diversão com foliões fantasiados pelas ruas
Performance do Homem-Aranha em Olinda esteve ameaçada de não ocorrer