Carnaval, música, fantasia e bicicleta. O Bicicobloco levou os foliões em Brasília para se divertirem no primeiro bloco de carnaval sobre rodas. Vale bike, skate, patins e não pode faltar fantasia também.
Ao som de marchinhas, o bloco saiu às 10h30 do Eixão Norte, na altura da 215 e 214, e segue em direção ao Buraco do Tatu. A turma vai terminar o circuito na praça do Balaio Café. Três bicicletas sonorizadas também tocam músicas africanas e latinas com pitadas eletrônicas. Com Eixão aberto, famílias se juntam aos foliões e curtem os festejos do carnaval.
O Departamento de Estradas de Rodagem do DF aproveitou a festa para entregar panfletos com infomrações sobre as leis e as condutas no trânsito. Além de acompanhar o trajeto do bloco com viaturas, um agente o DER distribui o material educativo todo vestido em preto e branco.
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O respeito ao meio ambiente é uma das propostas do grupo criador do Bicicobloco. “Respeito à natureza, uso da bicicleta como meio de diversão, meio de transporte. É uma coisa cultural que a gente tem que trabalhar no brasileiro. A bicicleta é um meio de locomoção que não polui. Nosso bloco gera lixo zero. Não tem um lixo aqui. Nosso bloco é o bloco do futuro”, diz Olivieri.
A professora Daniela Campos teve a companhia das amigas. Maquiada e fantasiada, ela garante que dá para se divertir pedalando. “Combina muito. É o melhor bloquinho. Não tem que andar muito. É só pedalar”. Ela acredita que o bloco é uma oportunidade também de ter um outro olhar da cidade. “Você anda em espaços que você não andaria se não estivesse de bicicleta. Com carro a gente não ocupa tantos espaços”.
E a diversão não ficou somente por contas dos adultos. Muitas crianças aproveitaram para unir a brincadeira preferida com a animação do carnaval. “É um bloco heterogêneo, que recebe desde criança de 7 meses como idosos. É um bloco que vai em um ritmo bem tranquilo. A gente faz pausas para se hidratar, refrescar. É um bloco para todas as idades”, reforça Olivieri.
Ana Mel, de 10 anos, foi para o Eixão com a tia. Ela conta que o pai sempre a leva para pedalar. A avenida é fechada para os carros aos domingos e se transformou em um lugar tradicional de lazer para o brasiliense. Mas, para ela, esse passeio foi diferente. “Achei bem mais legal. Geralmente não tem música. Eu estou adorando”. Para pedalar com mais facilidade, Ana optou por uma roupa mais confortável. A fantasia mesmo ficou para a bicicleta. “Eu fantasiei a minha bicicleta como o gatinho da Alice no País das Maravilhas. Com o olho dele com muitas coisas de carnaval, adesivo. Usei cartolina e cola e a minha mãe me ajudou”. (Com informações da Agência Brasil)