O Bloco da Calixto não saiu do lugar. Era tanta gente que a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros recomendaram a suspensão do desfile entre a Avenida Getúlio Vargas e a Savassi. Mas, sem se mover, o bloco não perdeu o pique. Pelo menos 12 mil foliões, segundo estimativa da PM, se concentraram na avenida, no Bairro Funcionários, Região Centro-Sul de Belo Horizonte. O desfile que virou show pegou todo mundo de surpresa. À noite, em comunicado, Aline Calixto mencionou “motivos alheios à nossa responsabilidade” e explicou: “Para garantir a segurança dos foliões, optamos por realizar um show do Bloco da Calixto parados, com a bateria no chão. Sem internet e pegos de surpresa, não conseguimos avisar nosso público pelas redes sociais”.
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Não muito longe dali, ainda durante o show da Aline Calixto, debandada geral do público infantil. Para João Antônio, de 47, o carnaval está bom, mas faltam boas opções para as crianças. Na expectativa de um encontro mais familiar no Bairro Funcionários, o advogado levou a mulher e os dois filhos para o bloco. Não deu conta de ficar 30 minutos. “A gente queria trazer as crianças para o carnaval de rua, mas estamos sem opção. Vamos acabar no Minas (Minas Tênis Clube) mesmo”, lamenta. “Muita pegação e muita bebida. Isso também é bom, mas não é para famílias”, conclui.
A mudança de endereço do bloco de Aline Calixto este ano – do Bairro Santo Antônio para o Funcionários – não foi para melhor. Por questões de segurança, o carro de som não seguiu pela Avenida Getúlio Vargas até a Savassi. Foram menos de três horas de música para um público espremido entre as ruas Bernardo Guimarães e Gonçalves Dias. As pessaos queriam mais. Muito mais.
A chefe de cozinha Maria Tereza Palhares, de 50, reclamou: “No ano passado foi bem dinâmico, já que o bloco partiu do Santo Antônio para a Savassi e o público foi atrás”, contou. Maria Tereza e seus parentes criaram um bloquinho, chamado “Pega Mamãe”, em homenagem à mãe dela, Maria de Lourdes Palhares, de 74, que em 2014 ficou para trás no desfile do bloco de Aline.
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