Bloco Diz que me ama, pô cancela a folia por falha no procedimento de autorização da PBH

O grupo iria desfilar neste sábado no Bairro São Pedro, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte

por Paula Carolina 14/02/2015 18:37
Beto Magalhaes/EM/D.A Press
Felipe Sousa Pidner, dono do bar Cervejaria Seu Romão, teve problemas com a Prefeitura (foto: Beto Magalhaes/EM/D.A Press)

Frustração e prejuízo para o comerciante Felipe Sousa Pidner, dono do bar Cervejaria Seu Romão, e organizador do bloco Diz que me ama, pô. O bloco, que animaria o Bairro São Pedro, na rua que dá nome ao bar, ontem, foi cancelado por falha no procedimento de autorização da prefeitura.

Tudo começou no último sábado, quando Felipe havia organizado um pré-carnaval, em frente ao bar, aproveitando o aniversário de cinco anos do estabelecimento. “Eles cadastraram o meu bloco na Savassi e fecharam uma rua lá. Já aqui, não havia autorização no papel para fechar a rua”, afirma. Ele conta que o pessoal da BHTrans, ao chegar ao local, confirmou pelo sistema que o evento estava autorizado. A Polícia Militar, no entanto, considerou que Felipe não poderia proceder o fechamento da rua por não apresentar uma autorização por escrito e chegaram a lhe dar voz de prisão, que acabou não sendo efetuada. Segundo Felipe, depois de muita conversa e desentendimentos, o evento acabou acontecendo, mas durou pouco. “Era para começar às 14h, acabou começando depois das 17h30, mas às 21h chegaram várias viaturas aqui. Foi um constrangimento e tudo acabou”, relata Felipe, calculando que cerca de 1,2 mil teriam comparecido ao local para a festa tumultuada.

“Fiquei seis meses indo a reuniões para liberar esse evento e não ter problema. Contratei toda uma estrutura: palco, toldo por risco de chuva, uma equipe de limpeza para não deixar a rua suja. Chamei até o Zé da Guiomar para tocar aqui”, desabafa o comerciante que calcula um prejuízo de R$ 13 mil só com a estrutura gasta, além de outros R$ 5 mil que deixou de faturar no bar.

Felipe então, durante a semana, cancelou oficialmente, junto à prefeitura, o evento de ontem. Mesmo assim, foliões com o casal Denise e Luiz Mayer, ex-moradores da região, esperavam pela festa: “Viemos para ver o bloco e não tem bloco. Viemos cedo, mas disseram que não vai ter mais”. Se depender de Felipe, nunca mais: “Em Belo Horizonte não faço mais nada”.


MAIS SOBRE CARNAVAL