Música e cidadania: conheça o bloco Pena de Pavão de Krishna
Com espiritualidade e música boa, o Pena de Pavão de Krishna leva aos foliões não só uma boa festa, mas também muita conscientização baseada na paz e no amor
Engana-se quem pensa que o carnaval de Belo Horizonte é só folia: ele também traz conscientização, cidadania, diversidade e pluralidade.
A edição de 2024 do Carnaval de Belo Horizonte acontece entre os dias 27 de janeiro e 18 de fevereiro.
Na última edição, realizada em 2023, a festa teve 5,25 milhões de foliões circulando na cidade. A expectativa para esta edição é que 5,5 milhões de foliões encham as ruas da capital mineira de cores, diversidade e alegria.
E um dos blocos mais politizados do Carnaval de Belo Horizonte é o Pena de Pavão de Krishna, que une a cultura brasileira com a indiana em uma mistura repleta de emoção e de um forte azul dominando as ruas da capital.
Se você também gostou da ideia de se aprofundar na própria espiritualidade enquanto curte a melhor festa de Minas Gerais, confira a seguir um pouco da história do bloco, qual o seu repertório e o que ele promete de novidades para este ano.
História do Pena de Pavão de Krishna envolve muita espiritualidade
Fundado em 2013, o Pena de Pavão de Krishna foi criado por um grupo de pessoas que se reunia para tocar ijexá, ritmo nigeriano que se difundiu amplamente na MPB pela obra de artistas como Gilberto Gil, Caetano Veloso, Clara Nunes e BaianaSystem.
Conhecido também como PPK, o bloco tem como objetivo unir música, espiritualidade e cidadania, tudo em um mesmo cortejo baseado na paz e no amor. Os desfiles abordam a temática ambiental e sempre começam recebendo os foliões na com um tradicional café da manhã às 8h, além de abraços fraternais e pinturas faciais ao som do Hare Krishna.
Conheça o repertório do bloco
O repertório do bloco conta com músicas autorais (compostas especialmente para o cortejo) e de outros artistas, mas que trazem sempre o mesmo ritmo. Com o tempo, essa playlist de carnaval foi sendo enriquecida com canções do universo devocional de diversas raízes, como, por exemplo, o hinduísmo, a umbanda e os povos indígenas.
Algumas das músicas mais conhecidas do Pena de Pavão de Krishna são “Aflorou” e as novas “Águas”, “Reza Pro Céu Não Cair” e “Flor de Justiça”, em parceria com Sérgio Pererê.
Banda e bateria do bloco
A bateria do bloco conta com cerca de 50 pessoas e é formada por agogô, agbê, tambores graves e de “tapa” e naipe de dança.