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Bloco Corte Devassa faz desfile para levar alegria e luta às ruas de BH

Durante o cortejo, representantes do bloco reforçaram o pedido de respeito aos corpos e contra o assédio no carnaval

Foliões no desfile do Bloco Corte Devassa Alexandre Guzanshe /EM/D.A Press
Isabela Bernardes, Mariana Costa clock 20/02/2023 13:42
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Um bloco com origem no teatro e que leva alegria e luta para a rua. Assim, uma das organizadoras do bloco Corte Devassa definiu o desfile deste ano. Pregando respeito pela diversidade e contra o assédio no carnaval, o tradicional bloco desfilou pelas ruas do bairro Floresta, nesta segunda-feira (20/2). 
 

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"A Corte Devassa é um bloco que vem do teatro, as pessoas aqui estão ligadas às artes cênicas. Abrimos essa corte para todos virem debochar com a gente dessa realeza, desse autoritarismo, desse absolutismo, do fascismo. Fazemos isso com muito figurino, cores, diversidade, abraçando as diferenças, reconhecendo a diversidade desse país, a potência dos corpos. Para colocar toda essa alegria e luta na rua", afirma Igui Leal, organizador e integrante do bloco. 

Segundo Igui, a expectativa de público no desfile é entre 10 mil e 15 mil pessoas. 
 
Ver galeria . 30 Fotos O bloco Corte Devassa surgiu como um grupo de teatro em 2012 e tem como principal tema satirizar e criticar a corte portuguesa que colonizou o Brasil. Alexandre Guzanshe /EM/D.A Press
O bloco Corte Devassa surgiu como um grupo de teatro em 2012 e tem como principal tema satirizar e criticar a corte portuguesa que colonizou o Brasil. (foto: Alexandre Guzanshe /EM/D.A Press )


Igui também destacou a execução do hino do bloco como um momento marcante do desfile. "Nosso hino é um xodó. Tenho um carinho imenso. A gente escuta na cidade as pessoas cantarem. É um hino em que fazemos homenagem a Raul Belém Machado, uma pessoa importante dentro das artes cênicas."
 

O repertório é eclético para agradar a todos os gostos. "Nosso repertório tem marchinha, axé, pagode, samba, funk. É um bloco para agradar todo mundo."

Respeito pelos pronomes


Em outro momento do desfile, a organizadora Rainy Campos pediu atenção dos foliões para chamar as pessoas por pronomes masculinos, femininos ou neutros. 

"Não é vergonha perguntar o pronome", diz. "Nem tudo é o que te parece porque para outra pessoa parece diferente." 
 
 

Estreia na bateria


Tamira Mantovani, de 35 anos, estava acompanhada da filha Nara, de 9 anos. "Eu toco no bloco sempre, mas esse ano ela quis vir pela primeira vez. Ela sempre gostou muito de carnaval, é super festeira, desde pequena."
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