O vira-lata Hunter, um dog influencer com mais de 124 mil seguidores no Instagram, foi adotado durante a pandemia e pretende pular carnaval pela primeira vez. O Estado de Minas conversou com Maath Bittencourt, a zootecnista que é tutora de Hunter, para saber de dicas para levar o cão para a folia. 

A personalidade do seu animal de estimação é o que vai ditar se ele vai se dar bem durante a folia ou não. Segundo Maath, a principal orientação é respeitar as vontades do animal. "Bem-estar em primeiro lugar", pontua.

"Se o seu cachorro não gosta de desconhecidos, multidão ou outros cachorros, bloquinho de carnaval não é um ambiente para você levar o seu cão. Ele vai estar muito mais feliz em casa"’, afirma. Mas, se o seu animal de estimação não se incomoda, gosta de lugares movimentados e não fica agitado, os bloquinhos são passeios ideais.

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A personalidade é fácil de identificar no dia a dia: "Se o cão fica incomodado quando tem visita em casa, ou quando o cão ama visita".

Se esses sinais ainda não estão claros para você, a turora do Hunter explica que você pode testar ter uma vida social mais agitada com o cachorro para saber se ele vai entrar no ritmo ou não. "Se você for em uma feira ou festa de aniversário, leve o cachorro", afirma. Hunter acompanha Maath em eventos, como celebrações e encontros de amigos.

Se o seu cãozinho adora pessoas desconhecidas e se dá bem com outros cães, a folia é o ideal. Mas, nada de pensar que o animal é como ser humano. O seu melhor amigo precisa de cuidados especiais durante a festa, como Maath explica.

Um ponto no bloquinho que não esteja cheio é o ideal para o seu cachorro festejar. Ou seja: evite aglomerações quando estiver com o animal. "A gente tem que lembrar que os cães sempre estão num nível abaixo dos nossos olhos. Então, um lugar muito cheio pode ser muito acusante para ele, por conta daquele tanto de gente envolta e ele não vai enxergar nada", diz.

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"A multidão do carnaval de Salvador, que eu brinco que você nem precisa andar, que ela te leva, não é ideal para cachorro nenhum", afirma. Escolha lugares que ele consiga se movimentar à vontade, não fique acuado e consiga cheirar uma árvore ou fazer as necessidades.

Também fique longe de carro de som ou caixas de som. "A gente sabe que eles escutam muito mais que a gente, então vamos evitar um desconforto. Agora, se o cão não for acostumado com som alto, o melhor é não ir".

Durante o bloquinho, é importante manter o cão sempre na guia para evitar que ele se perca na multidão ou que algo aconteça.

Maath lembra que a época da folia é muito calor e você, ser humano, está com um calçado. O seu pet está com as patinhas no chão. "Garanta que o cão tenha um bem-estar com a temperatura do local. Escolha um bloquinho antes das 9h, que é quando o chão não está tão quente ou então depois das 17h, quando o chão já vai ter dado uma esfriada". 

"Leve água e comida para o cachorro. Você pode estar bebendo sua bebida alcoólica, mas o cachorro não deixa de ficar hidrato", diz Maath. 

Ela pontua que é preciso respeitar o tempo dos animais. "Às vezes, você quer curtir a folia toda, e o cachorro não quer. Então, leva ele para fazer esse passeio diferente e depois leva de volta. Lembra que ele não tem esse pique para ficar o dia inteiro fora de casa".