O diretor-presidente dos Diários Associados, Álvaro Teixeira da Costa, à esquerda - Foto: Marcos Vieira/EM/D.A Press

 

Recontar parte da história da TV mineira e brasileira. Essa é a missão da exposição TV Itacolomi – A Pioneira de Minas, em cartaz no Museu da Imagem e do Som de Belo Horizonte (MIS/BH – Avenida Álvares Cabral, 560, Centro) até dezembro do ano que vem, por meio de uma parceria entre os Diários Associados e a Fundação Municipal de Cultura. Quem passar pelo local vai ter à disposição um acervo composto por fotos, silhuetas, películas, textos e mosaicos para detalhar os 25 anos, de 1955 a 1980, em que o canal 4 da TV aberta foi representado pela Itacolomi.

A história da TV se compõe por pioneirismos. A emissora foi a primeira do estado e acompanhou de perto fatos históricos para o povo mineiro, como a visita do Papa João Paulo II e a ida do homem à lua. “A TV Itacolomi é parte da história de Belo Horizonte. Ela marcou pelo que ela promoveu de informação, cultura e acesso da população a uma série de conteúdos inéditos. Além disso, ela traz inovações técnicas do audiovisual, programações com artistas locais e telenovelas. É uma história de sucesso, um marco para a televisão mineira e brasileira”, ressalta Fabíola Moulin, presidente da Fundação Municipal de Cultura.

Vanguarda também no ramo da publicidade, no qual a TV revolucionou o mercado da época, majoritariamente voltado às mídias impressa e de rádio. “As pessoas só exploravam o rádio e o jornal para fazer propaganda, porque não tinha televisão. Eles confiaram na Itacolomi para vender na televisão”, explica Soraia Nogueira, técnica em nível Superior de Artes Visuais e uma das curadoras da exposição.

O pensamento é reforçado pelo diretor de publicidade dos Diários Associados, Mário Neves. “Em publicidade, tudo começou com a Itacolomi. Os equipamentos mudaram muito e as negociações ficaram mais acirradas, mas o processo é o mesmo. A dívida e o legado é da TV Itacolomi”, destaca.

O espaço também será fonte de conhecimento para escolas municipais da cidade. Segundo Letícia Dias, diretora de Museus da Prefeitura de Belo Horizonte, haverá uma série de programações para levar as histórias da Itacolomi aos alunos de BH. “Quem vier ao MIS vai encontrar um acervo riquíssimo de fotografias, imagens em vídeo e objetos ligados à TV. Teremos itens relacionados ao cotidiano do canal, como câmeras e microfones, além das películas que foram produzidas sobre a Itacolomi”.

 

Programa infantil Circo Itacolomi, em imagem de junho de 1956 - Foto: Carlos Fabiano Braga/MIS 

Para o diretor-presidente dos Diários Associados, Álvaro Teixeira da Costa, a exposição vai levar ao povo mineiro parte de sua história. “A Itacolomi foi a terceira televisão brasileira e fez coisas maravilhosas para a época em que não existia imagens gravadas. Eram filmes e programas dirigidos ao vivo”, afirma. A influência também chegou à maneira como se faz comunicação nos dias atuais, na opinião de Geraldo Teixeira da Costa Neto, diretor-executivo dos Diários Associados. “Estamos recontando a história da comunicação de Minas Gerais. Acho que a TV Itacolomi, assim como a TV Tupi, influencia, até hoje, a vida de todos no ramo”.

 

TV ITACOLOMI – A PIONEIRA DE MINAS

 

Abertura nesta terça-feira (11), às 19h, no Museu da Imagem e do Som, Avenida Álvares Cabral, 560, Centro.

Informações: (31) 3277-4131. Aberto segunda, quarta, quinta e sexta-feira, das 9h às 18h; terça, das 9h às 21h. Em cartaz até dezembro de 2019. Entrada franca. 

 

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