
O jogo foi às 15h, mas não faltaram camisas verde e amarelo na plateia da palestra mais disputada da noite. “O inferno somos nós: do ódio à cultura de paz”, com a Monja Cohen, teve início pouco após as 21h. O Salão Minas Gerais, com seus 750 lugares, estava lotado – tantos foram vê-la (e fazer selfies) que houve gente que ficou de fora.
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Abrindo a programação dedicada a Rosa e ao outro patrono desta edição, Graciliano Ramos, a historiadora Heloísa Starling e os escritores Wander Melo Miranda e Ricardo Ramos Filho fizeram um paralelo dos dois autores a partir do sertão. Além da efeméride de Rosa, em 2018 também estão sendo celebrados os 80 anos de Vidas secas, livro mais importante de Graciliano. Melo Miranda prepara, para a Cia. Das Letras, biografia de Graciliano. E Ricardo Ramos Filho é neto do escritor.
Ao iniciar o encontro, Heloísa Starling colocou em foco a outra de um terceiro escritor, Euclides da Cunha. “O primeiro autor a mostrar o sertão como mais do que um espaço geográfico foi Euclides da Cunha (com Os sertões). O sertão na obra dos três autores dá uma perspectiva de interpretação do Brasil”, disse.
ESPERANÇA - Com uma grande área de convivência, o público pode assistir, à tarde, à partida que deu o primeiro lugar ao Brasil no Grupo E da Copa do Mundo da Rússia. Aos 79 anos, o teólogo e escritor Leonardo Boff já perdeu as contas de quantas Copas assistiu. Não se liga muito em futebol – a não ser durante os mundiais.
Quatro próteses o obrigam a caminhar devagar, com a ajuda de uma bengala. “Não posso me levantar para vibrar, mas gosto de assistir no meio das pessoas. O brasileiro está precisando de alegria e esperança”, comentou ele, que assistiu ao primeiro tempo numa espécie de coreto e ao segundo numa mesa ao lado de outros escritores que participam da fliAraxá – entre eles estavam os mineiros Luiz Ruffato e Leo Cunha e o português Gonçalo Tavares.
A esperança de que Boff falou durante a partida será um dos temas que o escritor vai tratar nesta participação no evento. No sábado ele participa do debate “A esperança é hoje a virtude mais urgente e necessária” com o jornalista Eugênio Bucci.
A repórter viaja a convite da organização do evento
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