
São 26 desenhos sobre papel com tamanhos que variam dos grandes – “até onde o braço alcança” até os menores – com 35 centímetros – incluindo também serigrafias
Solá conta que com esse trabalho ele quer mostrar uma arqueologia recente dos rastros do homem nas cidades. “O que o homem deixa pelos centros urbanos mostro através das artes visuais”, diz, considerando que A quântica rara corresponde a um momento mais maduro de sua carreira.
Orlando Lemos, galerista que traz o artista a Belo Horizonte, reconhece a maturidade artística e recorda a sua trajetória, que teve uma guinada em 2001. Marcelo, nascido em 1971, estava em Nova York para exposição marcada para 11 de setembro de 2001, o fatídico dia do ataque às Torres Gêmeas em Manhattan. “O trabalho dele, que era minimalista, com forte inspiração em Mira Scheibel, mudou radicalmente”, comenta Lemos, lembrando que, no ano seguinte, Marcelo foi convidado para a Bienal de São Paulo, sendo à época o artista mais selecionado pela mostra paulista.
“O branco deu lugar ao preto. Os vazios sumiram e as formas fálica e de aviões também passaram a compor a obra do artista. Quem conhece o trabalho de Marcelo Solá – e em Belo Horizonte ele tem admiradores – consegue perceber perfeitamente todas essas mudanças”, aponta o galerista.
Orlando Lemos também não esconde sua felicidade em conseguir, finalmente, trazer a mostra de Solá a Belo Horizonte, depois de duas tentativas frustradas. “Desta vez, deu certo.
A quântica rara
Individual de Marcelo Solá. Orlando Lemos Galeria (Rua Melita, 95, Jardim Canadá, Nova Lima, (31) 3224-5634 ou (31) 3581-2025). Abertura neste sábado (24), de 15h às 19h. Visitação de segunda a sexta, das 9h às 19h, aos sábados, das 10h às 14h..