Desde 2013, quando foi criada, a Virada Cultural tenta montar sua agenda com variados artistas, grupos e manifestações.
É o caso do Mundialito de Rolimã do Abacate, que integra a programação desde a primeira edição. A estreia, na Avenida João Pinheiro, divertiu crianças, jovens e adultos.

“A nossa proposta de reinventar o espaço público tem tudo a ver com a Virada, que é uma grande festa em todos os sentidos, pois celebra a arte, a cultura e o esporte”, destaca Yuri Pinto, um dos coordenadores da atração. Depois, o mundialito passou para a Avenida Assis Chateaubrind, na Floresta. A ideia é resgatar um passatempo do passado. “Não há competição nesse dia. Avôs, pais e filhos descem em seus rolimãs só para brincar”, explica Yuri.
Confira aqui a programação completa da Virada Cultural
Outro “veterano” da Virada é o Toda Deseo, coletivo de artistas mineiros voltado para a questão trans.
Porém, o coletivo bombou para valer no ano passado, com a realização do Campeonato Interdrag de Gaymada. O espetáculo performativo de rua, baseado na brincadeira infantil da queimada, chama a atenção para o preconceito e a necessidade de discutir a diversidade sexual de maneira agregadora, leve e bem-humorada.
Disputado no Parque Municipal, o jogo atraiu centenas de pessoas. “Parecia futebol. As pessoas torciam enlouquecidas. Tanto que a Gaymada volta este ano, mas na Praça Rui Barbosa”, comenta Rafael Lucas Bacelar, um dos integrantes do coletivo.
Ao lado de Ronny Stevens e David Maurity – todos encarnando as personagens As Primas –, Rafael também será mestre de cerimônias do palco montado na Rua Guaicurus.
Para ele, a Virada trouxe visibilidade e mais respeito não só ao coletivo, mas a artistas da cena local. “Digo até que ela deu uma guinada muito grande no nosso projeto, ao focar muito as questões da diversidade e de gênero. Tem tudo a ver com o que a gente defende”, afirma.
DESPEDIDA
A apresentação de amanhã, na Praça da Liberdade, será mais do que especial para o pianista Rafael Martini e seu trio, formado pelo contrabaixista Trigo Santana e o baterista Yuri Vellasco.
Segunda participação dos músicos na Virada, o show será a despedida de Trigo, que vai passar um ano na Alemanha, e servirá como teste para o novo CD. “O disco só deve ficar pronto em 2017, mas já vamos sentindo como o público vai reagir”, diz Rafael.
O pianista ressalta o caráter democrático da Virada, ao valorizar representantes de todos os segmentos culturais da capital. “Isso dá sensação de comunidade e de pertencimento. O bacana da festa é mostrar que o cenário de BH é muito mais amplo e diverso do que a gente imagina”, conclui Martini.
GAYMADA
Domingo, das 13h às 16h.
Praça Rui Barbosa, Centro
MUNDIALITO DE
ROLIMÃ DO ABACATE
Domingo, das 10h às 16h.
Av.
RAFAEL MARTINI E TRIO
Amanhã, às 20h30.
Coreto da Praça da Liberdade
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