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Mayra Dugaich 11/12/2024 14:57

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Nesta quinta-feira (11), Ed Sheeran conversou com a Variety sobre sua nova música e seu próximo álbum. A faixa marca uma nova parceria com o diretor Richard Curtis.

Vale destacar que eles colaboraram em vários projetos, incluindo Comic Relief e o filme de 2017 dirigido por Danny Boyle, Yesterday, no qual Sheeran estrela e Curtis coescreve. Então, quando Richard estava concebendo seu especial de TV That Christmas, ele mostrou a Sheeran alguns storyboards iniciais, e a conversa original era que seria um musical.

'Ele perguntou se eu queria escrever a música para isso, e eu disse: 'Legal'', afirmou Sheeran de sua casa em Londres. 'Houve uma cena, e eu escrevi um refrão para ela, mas não ouvi nada de volta.'

Segundo a publicação, dois anos depois, Curtis pediu a Sheeran para terminar a música Under the Tree e o atualizou sobre a história. That Christmas, que agora está disponível na Netflix, não seria mais um musical animado, mas sim um longa-metragem de animação baseado na trilogia de livros infantis de Curtis. Ambientado na cidade britânica fictícia de Wellington-on-Sea, ele segue uma série de contos entrelaçados sobre família e amigos, amor, solidão e Papai Noel cometendo um grande erro.

Embora Ed Sheeran tenha escrito canções de Natal, ele nunca havia escrito uma triste até este momento. 'É a única coisa que eu queria escrever. Eu nunca tinha visto a necessidade [de escrever] uma canção triste de Natal até escrever esta... esta é a realidade de muitas pessoas no Natal.', afirmou.

O compositor se colocou na situação de esperar seu pai voltar para casa no Natal, em vão. E embora o filme em si seja otimista, a cena em que a música toca é 'de partir o coração'.

Durante a entrevista, Sheeran revelou que Curtis é 'um homem bastante emotivo', acrescenta, sorrindo, 'Ele pode chorar facilmente'.

Depois que Sheeran entregou a música, ele pensou que tinha terminado. 'A Netflix editou a música no filme. Eu disse a eles: 'Olha, não vou fazer nada neste lado do ano. Estou basicamente só com a minha família.'

'Senti que tê-lo me dando sua marca fazendo uma música de Natal seria meio especial para mim.', disse o diretor.

'Espero ter feito justiça à sua linda música. É liricamente mágica e desbloqueia um momento crítico do filme para nós. De repente, você sente todas essas emoções em camadas que vão além do que é visto na tela e você se enche de desejo e esperança.', acrescentou.

Sheeran revelou que ser pai foi a verdadeira inspiração para querer fazer parte do projeto. Ele estava sentado com sua filha de três anos tentando encontrar entretenimento de Natal. Além dos desenhos animados de Natal do Mickey Mouse, tudo parecia 'um pouco velho demais para ela'. 'That Christmas' é perfeito. Ele assistiu três vezes com ela e 'até alugou um pequeno cinema local para assistir com meus amigos e seus filhos. É bom ter algo essencialmente britânico, mas também que você pode assistir com crianças pequenas', disse o cantor.

Vale destacar que Ed confirmou que seu próximo álbum está pronto e ele já filmou dois videoclipes com mais dois planejados para o início do ano que vem enquanto estamos em turnê.

Ele está se preparando para uma grande divulgação promocional desde que seus dois últimos lançamentos 'Equal' saíram da pandemia e 'Subtract', 'era obviamente um disco completamente diferente que realmente não pedia por grandes coisas pop'.

'Parece que estou voltando ao grande pop pela primeira vez em muito tempo. É bem emocionante', finalizou.

Ed Sheeran afirma que Band Aid está usando sua voz sem permissão

O cantor Ed Sheeran disse que seus vocais estão sendo usados sem sua permissão no último remix do single beneficente. Ele se apresentou na edição de 2014 do single ao lado de Coldplay, Sam Smith, Rita Ora e outros.

Na semana passada, o supergrupo Band Aid anunciou que lançaria um 'mix definitivo' do single Do They Know It's Christmas? para seu 40º aniversário.

Segundo a Billboard, o novo lançamento contará com vocais de todas as quatro versões gravadas de 1984, 1989, 2004 e 2014, incluindo takes de Bono, George Michael, Harry Styles e mais.

'Minha aprovação não foi solicitada neste novo lançamento do Band Aid 40. Se eu tivesse a escolha, teria respeitosamente recusado o uso dos meus vocais.', disse Ed nos stories do Instagram.

'Uma década depois, meu entendimento da narrativa associada a isso mudou, explicado eloquentemente por @fuseodg. Esta é apenas minha posição pessoal, espero que seja uma posição voltada para o futuro. Amor a todos x.', acrescentou.

Sheeran estava citando uma postagem do músico afrobeats ganês-inglês Fuse ODG, que diz ter se recusado a participar da versão Band Aid 30 em 2014. 'Recusei-me a participar do Band Aid porque reconheci os danos que iniciativas como essa causam à África', escreveu ele.

'Embora possam gerar simpatia e doações, perpetuam estereótipos prejudiciais que sufocam o crescimento econômico, o turismo e o investimento da África, custando trilhões ao continente e destruindo sua dignidade, orgulho e identidade.', afirmou

'Ao exibir imagens desumanizantes, essas iniciativas alimentam a pena em vez da parceria, desencorajando o engajamento significativo. Minha missão tem sido resgatar a narrativa, capacitando os africanos a contar suas próprias histórias, redefinir sua identidade e posicionar a África como um centro próspero de investimento e turismo.', continuou.

'Hoje, a diáspora direciona os maiores fundos de volta para o continente, não Band Aid ou ajuda estrangeira, desde que as soluções e o progresso da África estejam em suas próprias mãos.', finalizou.

Vale destacar que a música foi lançada pela primeira vez em 1984 após uma reportagem da BBC sobre a fome na Etiópia, mas desde então tem sido criticada como um exemplo de narrativa de salvador branco em relação a problemas na África. Moky Makura, diretor executivo da organização sem fins lucrativos Africa No Filter, escreveu no The Guardian que '[o] retrato da África pelo Live Aid desencadeou o nascimento de uma indústria paternalista cuja missão era 'salvar a África'.'

Vale lembrar que é uma iniciativa organizada por Sir Bob Geldof e Midge Ure do Ultravox.

Confira:

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