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Mistério sobre Kate Middleton faz web lembrar polêmica de Tancredo Neves

Produzida em março de 1985, a imagem buscava tranquilizar a população quanto à saúde do primeiro presidente civil após a Ditadura Militar

Mistério sobre Kate Middleton faz web lembrar polêmica de última foto de Tancredo Neves Divulgação/Gervásio Baptista
Douglas Lima - Especial para o Uai clock 12/03/2024 13:14
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A primeira foto oficial de Kate Middleton desde que ela foi submetida a uma cirurgia abdominal planejada em janeiro foi retirada de circulação por agências de notícias por ter sido manipulada.

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Assim como a princesa de Gales, uma imagem de 1985 do então recém-eleito presidente Tancredo Neves (1910-1985) também tem uma história 'pra lá' de inusitada, que foi lembrado nas redes sociais devido à repercussão da fotografia divulgada no domingo (10/03) para marcar o Dia das Mães no Reino Unido.

 

Mas, afinal, o que aconteceu? Eleito em 15 de janeiro de 1985. Primeiro presidente civil eleito após 21 anos de Ditadura Militar, Tancredo Neves foi internado no dia 14 de março, em Brasília, na véspera de sua posse. Na ocasião, ele teve fortes dores abdominais e precisou passar por uma cirurgia de emergência.

 

O presidente foi declarado morto em 21 de abril daquele ano, aos 75 anos. A causa foi divulgada como infecção generalizada. Mais tarde, novas versões de médicos envolvidos no caso indicam que ele tinha um tumor benigno, acobertado para evitar espalhar medo de que ele não fosse à posse. 

 

Foi nesse período que uma das fotos mais polêmicas da história brasileira foi tirada: com Tancredo enfermo, a imagem clicada pelo jornalista Gervásio Baptista em 25 de março de 1985, deixava diversas dúvidas sobre a saúde do político. Na época, a ideia da foto era mostrar o mineiro alto-astral se recuperando ao lado de todos seus médicos presentes, na tentativa de tranquilizar a população brasileira.

 

O Brasil acompanhou ansiosamente as notícias sobre sua saúde, e as expectativas de um governo democrático estavam agora ligadas à sua recuperação. Entretanto, o efeito causado pelo clique - com Tancredo praticamente de olhos fechados e com uma aparência abatida - foi exatamente o contrário e diversos burburinhos foram criados e disseminados pela imprensa naquele ano.

 

De acordo com as informações da revista Veja, Tancredo Neves tinha duas sondas injetadas no corpo e, atrás do sofá, uma enfermeira segurava um frasco de soro. Então, começaram a surgir os mais diversos boatos sobre a imagem, como de que o recém-eleito presidente civil já até estava morto no momento.

 

Segundo uma das teorias que surgiram na época, o presidente teria sido assassinado por militares contrários à entrega do poder. Outros afirmam que ele foi alvo de um atentado durante uma missa na Catedral de Brasília. Durante a celebração, houve uma queda de energia e relatos sugerem que alguns presentes ouviram um tiro.

 

Um outro burburinho sugere que o político teria sido vítima de envenenamento. A especulação é de que o assassinato foi planejado por militares com o auxílio da CIA, a agência de inteligência dos Estados Unidos. Por fim, há também outras teorias da conspiração relacionadas à data da morte de Tancredo Neves. Um médico da equipe registrou que seu cérebro teria parado de funcionar em 20 de abril.

 

Sua morte, porém, foi oficialmente declarada no dia seguinte. Especula-se que a data escolhida, coincidindo com o feriado de Tiradentes, tenha sido usada para perpetuar a imagem do presidente sem posse como um herói, já que ele teve uma longa e influente trajetória política, ocupando diversos cargos ao longo de sua carreira, incluindo de deputado estadual e federal, senador e governador de Minas Gerais. Vale destacar, que todas as teorias foram rapidamente desbancados por Gervásio.

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