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Klara Castanho relembra onda de sororidade após caso de violência

A atriz fala sobre apoio que recebeu após série de exposições na internet, em 2022

Klara Castanho relembra onda de sororidade após caso de violência sexual Reprodução/Instagram/Montagem
Douglas Lima - Especial para o Uai clock 22/02/2024 09:32
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Klara Castanho abriu o coração e falou, em entrevista à revista Glamour, sobre o trauma de ter sido exposta pela mídia após ser estuprada em 2022 e ter entregue o filho à adoção.

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Vale destacar, que jornalistas, influenciadores e sites de fofoca começaram a divulgar a história de que atriz teria entregue um bebê recém-nascido para adoção, e ela passou a ser alvo de especulações e ataques.

 

"Todo o período desde o acontecido foi um pesadelo que ganhava novos desdobramentos. Eu simplesmente não queria viver aquilo. Nunca quis me pronunciar, e jamais para esconder das pessoas, e sim porque não tinha digerido o que aconteceu. Fui obrigada a externalizar de forma muito brutal o que vivi", desabafou.

 

Na época, a artista se manifestou em suas redes sociais através de uma carta aberta, na qual disse ter sido vítima de um estupro, e ter engravidado de seu agressor após a violência sexual. Ela descobriu a gravidez já em estágio avançado e entregou a criança para adoção assim que ela nasceu. Apesar do caso, Klara passou a ser alvo de duros ataques na internet.

 

"Quando minha privacidade foi invadida, não sabia onde me apoiar em mim mesma. Eu tinha minha família, tinha uma equipe profissional, um time jurídico, mas estava desamparada em mim. Eu não dormia, meus pais não dormiam. A gente chorava junto dois dias e dormia um, porque não tivemos tempo de assimilar. Nunca vamos nos acostumar com a ideia do que aconteceu", contou.

 

Mas, ao mesmo tempo em que sofria diversas agressões verbais, ela ressalta que passou a receber muito apoio e que diversas mulheres a procuraram e partilharam histórias de vida com ela. "Meu direct do Instagram e meu e-mail se tornaram um ponto de troca e conversa. Foi um movimento muito bonito de acompanhar. Tanto eu quanto minha mãe, que lia tudo antes de mim, por precaução, sentimos. Eu recebi mensagens lindas. Recebi um amor de pessoas que não sei nem mensurar. Sei que não consegui agradecer o suficiente na época, mas foi primordial sentir que não estava sozinha naquele momento de dor e desespero", afirmou.

 

Castanho também deixou claro que fez um boletim de ocorrência (bo) contra seu agressor, e que os processos cabíveis correm em segredo de Justiça: "Sinto que, passados quase dois anos da minha carta, as pessoas ainda buscam argumentos contra mim, sobre o que aconteceu comigo. Então, se isso é motivo para que as pessoas ainda me julguem, saibam que o agressor foi denunciado. Toda mulher que é vítima de violência tem direito ao segredo de justiça. O meu sigilo foi quebrado contra a minha vontade. Eu não tive nem o direito de não ser revitimizada, e diariamente não tenho".

Tags:  #Klara Castanho
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