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Ex-BBB Ana Paula Renault explica briga com deputado Nikolas Ferreira
A jornalista e o deputado federal pegaram o mesmo voo e protagonizaram um barraco nesta sexta-feira (10/03)
A ex-BBB mineira Ana Paula Renault e o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) brigaram durante um voo durante que saiu de Brasília para Belo Horizonte na manhã desta sexta-feira (10/03). O bate-boca foi gravado e compartilhado pela jornalista em seu perfil do Instagram. Além disso, ela divulgou o link para o abaixo-assinado que pede a cassação do deputado.
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Em vídeo enviado com exclusividade ao portal Splash, do UOL, Ana Paula explicou o motivo de sua briga com o parlamentar. "Acabou de acontecer que realmente eu encontrei com o Nikolas Ferreira dentro da aeronave. Eu estava na poltrona 2D, já sentada, quando eu vejo ele passando e falo: 'Transfobia mata, transfobia é crime'", iniciou.
"E ele andou para frente, só que logo depois ele voltou e sentou ao meu lado, ficou na poltrona 2A. E aí eu indaguei: você tem ideia do quão prejudicial isso foi, do quão perigoso isso é? E também transformar o plenário num circo, desrespeitando todas as mulheres, desrespeitando toda uma comunidade LGBTQIA+", acrescentou.
"As mulheres trans, que lutam por um espaço e por respeito. Ele virou e falou assim: 'Opinião minha, eu vou continuar emitindo do jeito que eu quiser. Eu falo o que eu quiser, é opinião'. Eu falei assim: mas opinião é uma coisa, crime é outra coisa. E depois tentou falar 'ah, o seu presidente, você foi expulsa do BBB'. Sabe aquela coisa que a pessoa perdeu o argumento?", finalizou.
Nikolas é acusado de transfobia e foi alvo de pedidos de cassação depois que usou o plenário da Câmara para fazer declarações transfóbicas na última quarta-feira (08/03), Dia Internacional da Mulher. Usando uma peruca loira, ele se apresentou como "deputada Nicole" e disse que "se sente mulher" e, por isso, "tem lugar de fala".
Vale destacar, que desde julho de 2022, Ferreira é investigado pelo Ministério Público do Estado de Minas Gerais (MPMG) por publicar um vídeo considerado transfóbico nas redes sociais, além de ter supostamente violado o artigo 17 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Na gravação, o político, que na época era vereador de Belo Horizonte, pediu o boicote de uma escola particular por permitir que uma aluna de 14 anos transgênero usasse o banheiro feminino.