Presa, ex-bailarina do Faustão vence processo; entenda o caso
Ré por homofobia, Cássia Kis alega que está desempregada para reduzir multa
Grupo de ativistas pediu R$ 250 mil de indenização após atriz dar declaração homofóbica
Cássia Kis alegou estar desempregada e pediu para reduzir o valor da indenização em um processo em andamento movido pelo Grupo Arco Íris de Cidadania LGBT. A associação abriu uma ação civil pública na Justiça do Rio de Janeiro contra a atriz por conta de falas de cunho homofóbico durante uma live com a jornalista Leda Nagle, em outubro do ano passado. Na ocasião, ela declarou que "homem com homem não dá filho", o que causaria a "destruição das famílias".
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De acordo com as informações do jornal Metrópoles, o grupo pede R$ 250 mil por danos morais coletivos contra a intérprete, que atualmente está no ar como a Cidália em Travessia (2022), da TV Globo, que teve seu contrato renovado recentemente até o ano de 2025. Os ativistas entendem que as declarações foram discriminatórias em relação ao público LGBTQIA+.
Por sua vez, a defesa da artista apresentou uma contestação no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) em 17 de janeiro. Os advogados dela teriam afirmado que as declarações não trazem "qualquer agressão, preconceito, incitação ao ódio, ou discriminação em relação às famílias homoafetivas" e também afirma que Cássia "é apenas uma cristã que acredita nos conceitos e dogmas da religião católica".
A defesa também pede que, caso a Justiça acate o pedido de indenização, o juiz reduza o valor da multa a ser paga, "pelo fato da ré ser uma pessoa física e por estar desempregada no momento". Além disso, a quantia pode levar a veterana à falência, "impossibilitando sua subsistência e o sustento da sua família".
"Em caso de procedência do pedido elaborado na exordial, que o valor arbitrado com indenização por danos morais, seja substancialmente reduzido, pelo fato da ré ser uma pessoa física e por estar desempregada no momento", acrescentou.
Além do discurso acusado de homofóbico, Cássia Kis também participou dos atos antidemocráticos em um acampamento bolsonarista e foi apontada dentro da emissora da família de Roberto Marinho (1904-2003) como alguém que espalha desinformação entre os colegas de profissão.