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Quem é Jovelina Pérola Negra homenageada do Doodle do Google
Ilustração na página inicial do buscador celebra o 78º aniversário da cantora e compositora, que revolucionou o samba nos anos 80 com sua voz rouca e forte
A página inicial do Google amanheceu com uma homenagem à cantora e compositora Jovelina Pérola Negra nesta quinta-feira (21/07), data em que celebraria seu 78º aniversário.
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A dona das canções como Bagaço da laranja, Feirinha da Pavuna, Caxambu, Luz do repente e Sorriso Aberto, gravou com artistas como o Zeca Pagodinho, foi homenageada por Alcione e se apresentou em diversos países como Angola, França e Japão.
Na ilustração produzida pela artista La Minna, Jovelina aparece ao centro com um microfone em suas mãos, rodeada por músicos que tocam instrumentos característicos do samba, como o pandeiro. A inspiração da arte veio do samba de quintal, da alegria do subúrbio carioca, onde a artista nasceu e passou boa parte de sua vida. No rodapé da imagem, é possível ver as letras que formam a palavra "Google" em meio a morros e fios de poste.
Nascida no Rio de Janeiro, Jovelina Faria Belfort cresceu cantando e dançando samba no bairro de Belford Roxo, município da Baixada Fluminense. A artista trabalhou como empregada doméstica até os 40 anos de idade e passava o tempo livre no Império Serrano, famosa escola de samba. No local, ela cantava regularmente em rodas de samba e pagode, quando um amigo descobriu seu talento em um pagode e por causa de sua voz profunda e estilo único, sugeriu que o nome artístico dela fosse Pérola Negra.
O primeiro álbum da carreira que participou foi o Raça brasileira, gravado junto com outros artistas — ela fez parte de três faixas. Os cantores recém-descobertos interpretaram o subgênero do samba chamado Partido Alto do samba, um estilo que oferece improvisação vocal e oportunidades de canto para o público.
A participação de Pérola foi um sucesso e ela foi contratada pela gravadora RGE, para que pudesse lançar seu primeiro álbum solo. Autointitulado Jovelina Pérola Negra, o disco foi lançado em 1985 e foi sucesso total. Os arranjos das músicas apoiaram seus vocais emocionais com um cavaquinho, um instrumento de cordas português que lembra um ukulele.
Após o primeiro disco solo, a cantora lançou outros quatro álbuns e passou por diferentes gêneros, como o samba-canção, o de ritmo mais lento e ganhou um Disco de Platina. Aos 54 anos, Jovelina Pérola Negra faleceu no dia 2 de novembro de 1998 após um ataque cardíaco. Em 2016, o Ministério da Cultura do Brasil concedeu a Ordem do Mérito Cultura à artista. Um centro comunitário localizado no bairro da Pavuna, no Rio, também foi nomeado com o nome da compositora.
O último álbum póstumo da estrela foi lançado pela gravadora Som Livre em 2017, com o título Jovelina Pérola Negra Duetos - É isso que eu mereço.