Neste sábado (4), a modelo transexual Roberta Close, de 58 anos, que ficou marcada como uma das figuras mais sensuais dos anos 90 na televisão brasileira, relembrou o seu processo de transição durante entrevista ao programa Altas Horas.

No bate-papo com Serginho Groismann, a modelo falou sobre a reação de sua família quando decidiu transicionar para o sexo feminino e relatou diversos episódios de preconceito dentro de casa.

'Falando de sofrimento, quando eu era mais jovenzinha, me lembro que a minha família pedia que eu sair de casa para que os outros parentes não me vissem e soubessem dessa história desagradável. Isso me magoava muito. Era um pouco marginalizada a situação', contou Roberta Close.

A artista, que atualmente mora na Suíça, também destacou a evolução da sociedade brasileira em relação as pessoas transexuais. 'Eu acho que nesse ponto o Brasil evoluiu. Nós evoluímos nas leis, nas formas de tratar as pessoas, com dignidade e com respeito. Isso me deixa muito contente', disse ela.

Roberta Close também revelou que começou a se entender como mulher com 13 anos de idade e que recebia castigos dos pais por eles não entenderem a situação. 'Recebi castigos de pai, da minha mãe... A minha família me tratava de uma forma que era como se eu estivesse fazendo que não eles não compreendiam, que não tinha uma explicação. Não era como hoje em dia, em que se explica como lidar com essas comunidades', relatou a modelo.

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