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Veterano da TV, diretor Reynaldo Boury morre aos 90 anos no dia de Natal: 'Tristeza infinita', diz filha

Profissional assinou marcos da teledramaturgia, como Redenção, Irmãos Coragem, Selva de Pedra e Tieta

O diretor de TV Reynaldo Boury Reprodução/Jovem Pan
Redação - Observatório da TV clock 25/12/2022 10:52
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Reynaldo Boury, um dos mais importantes diretores de TV do Brasil, morreu neste domingo (25), dia de Natal, aos 90 anos. A notícia foi anunciada pela filha, a novelista Margareth Boury, em sua rede social. Responsável por sucessos como as novelas Irmãos Coragem e Selva de Pedra e a série Sítio do Picapau Amarelo, ele assinou mais de 50 trabalhos nas TVs Tupi, Excelsior, Globo e SBT.

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Boury será velado no cemitério Parque dos Ipês, em Itapecerica da Serra (Grande São Paulo). De acordo com o SBT, ele estava internado no Hospital Albert Einstein e sofreu um choque séptico.

'É com imenso pesar que venho comunicar o falecimento do meu pai. Hoje. A cerimônia vai ser no Parque dos Ipês. #RIP pai amado. Uma tristeza infinita', escreveu Margareth no Instagram. O ator Guilherme Boury, neto do diretor, também se manifestou sobre a morte.

'Por quê, meu Deus? Vozinho, queria te dizer que te amo mais que tudo nessa vida, você sempre foi exemplo de homem, sem você essa família não seria nada! Hoje o céu está em festa, mas nós aqui estamos muito tristes e desolados, queria tanto te dar um último abraço, mas na vida as coisas não acontecem como queremos, Deus está no comando e ele quis assim. Estou distante da família com o coração apertado e dolorido. Descanse em paz, vovô!', lamentou Guilherme.

Nascido em 1932, Reynaldo Boury começou na televisão fotografando atores na extinta Tupi, para que pudessem se ver em cena nas produções ao vivo. Sua primeira novela, como cameraman, foi A Outra Face de Anita (1964), na Excelsior, conforme depoimento do diretor ao programa Vamos Falar do Brasil, da Jovem Pan, em uma de suas últimas entrevistas. No canal, ainda participou da implantação das primeiras novelas diárias.

Boury esteve à frente das duas novelas mais longas da TV brasileira: Redenção (1966), na Excelsior, e Chiquititas (2013), no SBT. Em 1970, com o fechamento da Excelsior, foi contratado por Boni para dirigir na Globo Irmãos Coragem, um marco na teledramaturgia brasileira.

Seus primeiros projetos na nova casa incluíram Minha Doce Namorada (1971), que fez Regina Duarte ganhar o apelido de 'namoradinha do Brasil', e Selva de Pedra (1972), primeira a atingir 100% de audiência, segundo medição da época. Também dirigiu o infantil Sítio do Picapau Amarelo (1977), o programa Caso Verdade (1982-1986) e novelas como Ciranda de Pedra (1981), Tieta (1989), Meu Bem, Mel Mal (1990) e Sonho Meu (1993).

No SBT, foi levado pelo novelista Tiago Santiago para dirigir Amor e Revolução, em 2011. No ano seguinte, assumiu a direção de dramaturgia da emissora nos remakes de Carrossel (2012), Chiquititas e Cúmplices de um Resgate (2015). Seu último trabalho foi a novela As Aventuras de Poliana, entre 2018 e 2020.

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