
Saúde e Fé aborda as doenças bucais infantis
Por Movimento Country
Vocês já repararam como o sertanejo perdeu espaço nos últimos meses? O número de shows sertanejos caiu drasticamente, e muitos artistas consagrados anunciaram que vão reduzir a agenda. E não estamos falando de qualquer nome: Gusttavo Lima, Eduardo Costa, Leonardo, Zé Neto & Cristiano, entre outros, estão sentindo o baque.
O que todos eles têm em comum? Além de serem ícones do gênero, são alinhados com a ideologia de direita e têm forte ligação com Jair Bolsonaro. E esse detalhe pode ser o grande motivo por trás da queda da visibilidade do sertanejo.
Mas para entender como chegamos até aqui, é preciso olhar para o passado recente.
Entre 2016 e 2022, houve um crescimento avassalador do sertanejo, impulsionado por investimentos públicos. Com a queda de Dilma Rousseff, e o início do governo Michel Temer, seguido por Bolsonaro, os cachês sertanejosdispararam.
Antes disso, um show de um grande artista custava algo em torno de R$ 300 mil. De repente, os valores quadruplicaram, chegando a R$ 1,2 milhão por apresentação, pagos, muitas vezes, com dinheiro público. O sertanejo se tornou praticamente uma ferramenta política.
O problema? Isso veio acompanhado de uma enxurrada de denúncias de cachês superfaturados, fraudes e uso de verba pública desviada de setores essenciais como saúde, educação e segurança. E enquanto a Lei Rouanet foi atacada, o sertanejo recebia milhões em contratos nebulosos sem o mesmo nível de fiscalização.
Mas como esse esquema funcionava? Simples: houve uma verdadeira 'frouxidão' nos órgãos fiscalizadores, que permitiu que prefeituras e estados usassem verbas públicas para beneficiar artistas aliados. O resultado? Uma 'farra' financiada pelo dinheiro do povo, sem nenhum controle real.
Se antes o sertanejo nadava de braçada em dinheiro público, a realidade mudou com o novo governo. A fiscalização se tornou mais rígida, os órgãos de controle passaram a investigar os contratos e o dinheiro público parou de irrigaresses cachês astronômicos.
A consequência? Muitos desses artistas que estavam acostumados a cachês milionários pagos por prefeituras viram seus contratos secarem. E não falo isso da boca para fora: em uma viagem recente, encontrei um cantor sertanejo de uma dupla famosa, que me confidenciou:
'Estamos vivendo momentos difíceis. Antes, as prefeituras tinham mais liberdade para fechar contratos, agora a fiscalização do TCU está pegando pesado.'
Se a música sertaneja perdeu espaço apenas por questões políticas ou se houve uma bolha inflada pelo dinheiro público que estourou, é algo para se pensar. Mas uma coisa é certa: o tempo das contratações sem controle acabou.
O ponto aqui não é ser contra o sertanejo, mas questionar o uso do dinheiro público para beneficiar apenas um setor específico da cultura, enquanto outros segmentos artísticos lutam para sobreviver. A cultura brasileira é diversa e precisa de investimento, mas com critério, fiscalização e transparência.
Independente da sua posição política, o importante é ficar de olho em como os governos gastam o dinheiro público. O sertanejo, que antes surfava na onda do financiamento governamental, agora sente o impacto da mudança de cenário. E talvez seja esse o verdadeiro motivo por trás da perda de visibilidade do gênero.
Mas e aí, você acha que o sertanejo está pagando o preço da política ou apenas colhendo os frutos de um sistema que já não faz mais sentido?
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