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Por Movimento Country
A Câmara dos Deputados aprovou, em 2022, a Política Nacional Aldir Blanc (PNAB), que visa fomentar a cultura em suas diversas formas. É nesse cenário que a Banda Casa Cantante realiza sua nova turnê, intitulada 'Saudades da Minha Terra', que promete levar alegria e nostalgia a instituições voltadas para o atendimento de idosos. Mas será que a música é, de fato, um remédio eficaz contra a solidão e o esquecimento? Esta pergunta ecoa não apenas nas apresentações, mas também nas reflexões que advêm delas.
O projeto da Banda Casa Cantante tem como objetivo primordial a valorização das histórias e das memórias de um público muitas vezes invisibilizado. São 15 shows gratuitos programados para março e abril, que atingem Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPIs) e Centros de Convivência. A banda, que se destaca por suas apresentações emocionantes, tem atraído a atenção de todos, desde os mais jovens até os mais velhos, e isso não é mera coincidência.
As duas primeiras apresentações ocorreram na Casa do Idoso Paulo de Tarso e na Fundação Educacional Pestalozzi, em Guaragi. Para Luci Dias de Oliveira, uma idosa de 70 anos, o encanto das músicas é inegável. 'Adoro cultura e apresentações. A apresentação trouxe uma alegria que não se vê diariamente', relatou. Essa realidade vivida por Luci parece refletir em muitos idosos, que, apesar das limitações de idade, se deixam levar pelas melodias que representam momentos marcantes de suas vidas.
Os clássicos da música sertaneja raiz, como 'As andorinhas' e 'Romaria', criam uma atmosfera nostálgica. Para Juliani Ribeiro, integrante da Banda, a música é uma ponte que une gerações. 'Ao levarem-nos de volta no tempo, essas músicas fazem com que se lembrem de traumas, amores e alegrias que muitas vezes ficam relegadas ao esquecimento', comenta. Essa afirmação toca em um ponto sensível: será que estamos, na realidade, subestimando o impacto que a música pode ter na saúde mental dos idosos?
A turnê da Banda Casa Cantante não se limita a apresentações; ela encoraja o público a compartilhar suas histórias de vida, criando um espaço seguro onde as experiências são valorizadas. 'Muitas vezes, eles sentem que suas histórias não importam, mas são incrivelmente importantes para nós', enfatiza Juliani. Esse troca de vivências não só proporciona um espaço de escuta, mas também promove um efeito terapêutico que poderia ser melhor explorado nas políticas públicas.
As apresentações estão programadas para uma variedade de instituições, desde as mais conhecidas, como as ILPIs e CRAS, até locais menos convencionais, como a Penitenciária Estadual de Ponta Grossa. Esse acesso amplo à cultura, recententemente ampliado através da PNAB, tem gerado questionamentos sobre o que caracteriza a inclusão cultural. Até que ponto a arte está disponível para todos?
Com um elenco talentoso que inclui Joãozinho e Eduardo Godoy, a Banda Casa Cantante eleva não apenas o espírito dos idosos, mas também de todos os envolvidos nos eventos. A interação entre artistas e público cria um ambiente de acolhimento e empatia. Contudo, é preciso levantar um ponto polêmico: será que a música é suficiente para resolver a solidão e a falta de atenção a esse público? O que mais pode ser feito?
A resposta a esta pergunta pode não ser simples. O poder da música é inegável, mas ele deve ser um meio que acompanha outras ações que promovam a dignidade e o respeito aos idosos. Pensamentos como esse são cruciais para o futuro das iniciativas culturais, que devem ser cada vez mais integradas no cotidiano das políticas públicas e sociais.
À medida que essas apresentações se desenrolam e as histórias de vida são contadas e recontadas, somos todos convidados a refletir sobre a importância da inclusão. As histórias não contadas de vidas inteiras merecem ser ouvidas e respeitadas. Agora, a grande questão é: o que você pode fazer para também fazer parte dessa mudança?
A turnê 'Saudades da Minha Terra' é mais do que um simples espetáculo musical; é um chamado à ação para todos nós. A música tem um poder transformador e, se utilizada de maneira consciente, pode servir como uma ferramenta não apenas de entretenimento, mas de inclusão e valorização da vida.
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