
Movimento Country celebra 25 anos com reinvenção no sertanejo
Por Movimento Country
A atriz Beatriz Segall, eternizada como a icônica vilã Odete Roitman em Vale Tudo (1988), fez uma crítica contundente à Globo em uma entrevista concedida à Folha de S.Paulo em 2010. Na ocasião, a atriz afirmou que a emissora não tinha elenco para produzir um remake da novela, destacando uma suposta queda na qualidade das produções e a falta de consistência nos enredos.
A declaração ressurge no momento em que a Globo oficializou a produção de uma nova versão de Vale Tudo, com texto assinado pela dramaturga Manuela Dias.
Na entrevista concedida à coluna de Mônica Bergamo, Beatriz Segall foi categórica ao dizer que a Globo passou a priorizar produções menos elaboradas para conquistar um público mais amplo, o que, segundo ela, resultou em roteiros enfraquecidos e personagens sem profundidade.
'A Globo foi atrás do público dessas emissoras que começaram a produzir programas menos elaborados. Hoje vejo coisas na Globo que no tempo do doutor Roberto Marinho não acontecia', disse Segall.
A atriz destacou ainda que os diálogos e tramas das novelas haviam perdido força, o que tornaria inviável a produção de um remake de Vale Tudo à altura do original.
'Certo tipo de cena, de personagem, as bobagens que são ditas, a falta de consistência nos enredos. A Globo hoje não tem elenco para um remake de 'Vale Tudo'', afirmou.
Odete Roitman é considerada uma das maiores vilãs das novelas brasileiras. Interpretada por Beatriz Segall, a personagem marcou época com frases preconceituosas e elitistas, que chocavam e despertavam indignação no público.
Na trama de Vale Tudo, a vilã criticava os brasileiros e o próprio país de forma dura e arrogante. Em uma das cenas mais icônicas, ela dizia:
'Eu gosto do Brasil, mas de longe, como um cartão-postal. Os brasileiros são preguiçosos.'
Em outro momento, Odete Roitman defendeu medidas extremas para conter a violência, sugerindo punições severas para criminosos.
'Para ladrão e assaltante, cortar a mão em praça pública. Se cortasse a mão dessa gente, diminuiria o índice de violência nesse país. Não tenha dúvida.'
A declaração de Beatriz Segall, feita há mais de uma década, levanta questionamentos sobre o desafio que a Globoenfrentará ao produzir uma nova versão de Vale Tudo. Com a evolução da sociedade e mudanças na teledramaturgia, a emissora precisará encontrar um elenco à altura e adaptar temas polêmicos da novela original ao contexto atual.
O remake, que será escrito por Manuela Dias, autora de Amor de Mãe (2019-2021), ainda não tem data de estreia definida. A dúvida que fica é se a nova produção conseguirá preservar a força da trama original e conquistar um novo público sem perder a essência que fez de Vale Tudo um clássico da televisão brasileira.