UAI

Padre Fábio de Melo e a recaída da depressão: entenda as possíveis causas

Recentemente, o sacerdote relatou desafios que tem enfrentado em novo tratamento contra a doença

Padre Fábio de Melo em programa Divulgação TV Globo
Padre Fábio de Melo desabafou sobre depressão
x
Redação Entretenimento clock 24/01/2025 14:04
compartilhe icone facebook icone twitter icone whatsapp SIGA NO google-news

 
O caso recente de recaída da depressão do padre Fábio de Melo trouxe à tona questões sobre o tratamento e a gestão da doença em indivíduos que já estavam em remissão. A psicoterapeuta e nutricionista Pollyana Esteves, especialista no tratamento de transtornos depressivos e referência em terapias inovadoras, fala sobre as causas e alternativas para esses casos.

Pollyana Esteves é pioneira no Brasil em terapias psicodélicas e de microdosagem, além de ser reconhecida mundialmente por seu método Neurofit, que combina psicoterapia e abordagens nutricionais para tratar compulsões alimentares e promover o crescimento pessoal. Ela tem ajudado pacientes dentro e fora do Brasil a alcançar uma melhor qualidade de vida, incluindo a cantora britânica Adele, que foi atendida por Pollyana e obteve resultados significativos em seu tratamento de emagrecimento. Com seu foco em tratar as causas subjacentes dos problemas,

De acordo com Pollyana, a recaída de pacientes que estavam em remissão, como o caso do padre Fábio de Melo, muitas vezes ocorre porque os tratamentos tradicionais, como o uso de medicamentos antidepressivos, lidam apenas com os sintomas e não com as causas profundas da depressão. 

"Os remédios antidepressivos reduzem os sintomas negativos, mas não aumentam os sentimentos positivos. Além disso, o corpo se acostuma com o medicamento, o que pode levar a uma diminuição dos efeitos ou ao surgimento de efeitos colaterais", explica. "A depressão nunca desaparece totalmente, ela apenas fica 'tampada' por um tempo", acrescenta.

Quando a depressão se torna resistente aos medicamentos tradicionais, Pollyana recomenda alternativas mais eficazes, como terapias que abordem a causa do problema e ajudem o paciente a cultivar sentimentos positivos. "Para uma remissão total da doença, é necessário tratar a raiz do problema, não apenas os sintomas. Não adianta diminuir a tristeza com um remédio se a pessoa não aprende a se sentir feliz ou a encontrar propósito", afirma.

A psicoterapia assistida por psicodélicos tem se mostrado uma opção promissora para casos de depressão resistente. "Já há comprovação científica de que a terapia psicodélica pode curar a depressão. Ela permite que o paciente acesse as verdadeiras causas da doença e as reverta, além de ter efeitos fisiológicos importantes. A psilocibina, por exemplo, age nos mesmos receptores da serotonina, ajudando o corpo a produzir o neurotransmissor de forma natural", revela Pollyana. 

Estudos mostram que pessoas com depressão resistente ao tratamento tradicional se libertaram da doença após sessões de terapia psicodélica, principalmente quando combinadas com outras técnicas terapêuticas.

A especialista também destaca a importância do acompanhamento contínuo no tratamento da depressão. "Um tratamento completo, que dure entre 3 e 5 meses e combine psicoterapia psicodélica, sessões de integração e microdosagem, pode eliminar as causas da depressão e ensinar o paciente a lidar com suas emoções. Quando bem feito, esse tratamento pode garantir a cura sem necessidade de acompanhamento posterior", conclui.
compartilhe icone facebook icone twitter icone whatsapp