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Mulher perdoa e defende Robinho de condenação por estupro: 'Não é um crime'

Vivian Guglielmetti acredita que Robinho esteja pagando pela traição dos seus amigos e que não houve crime: 'Ninguém no Brasil sabe mais desse caso que eu'

Vivian Guglielmetti  e Robinho Reprodução / TV Globo
Mulher defende Robinho de condenação por estupro: 'O erro foi a traição'
Redação Entretenimento clock 19/11/2024 12:37
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Em março de 2024, a trajetória do ex-jogador Robson de Sousa, conhecido mundialmente como Robinho, adquiriu um novo capítulo com a execução de sua sentença no Brasil. O caso que se arrasta desde 2013 iniciou-se na Itália, onde ele foi condenado a nove anos de prisão por envolvimento em um episódio de estupro coletivo. Nesse contexto, Vivian Guglielmetti, sua esposa, emerge como uma defensora incansável da inocência de Robinho, alegando perseguição judicial na Itália.

 

Entre lágrimas e determinação, Vivian se posiciona firme na defesa de seu marido. Em entrevista ao Metrópoles, ela expressa sua convicção na inocência do companheiro, destacando que o caso se baseou em áudios de caráter imoral, mas que, segundo ela, não configuram crime. Essa percepção destoa do entendimento das autoridades italianas, que utilizaram esses áudios para fundamentar a condenação de Robinho.

 

“Eu poderia estar em qualquer lugar hoje com os meus três filhos, sem querer saber desta história. Não, eu estou aqui. Eu vou lutar pela minha família, pelo meu casamento, pelos meus filhos. As minhas questões pessoais de marido e mulher, resolvi lá atrás. O erro foi a traição. Eu fui traída e hoje ridicularizada mundialmente. Mas escolhi lutar pela verdade”, afirma Vivian Guglielmetti, em lágrimas.

 

"É muito difícil para mim, por tudo isso que tem acontecido. É tudo muito pesado para nós. [Falo] pela honra da minha família, pela nossa dignidade, para a gente poder andar de cabeça erguida pela rua”, acrescenta.

 

Mesmo após a conclusão da investigação e a condenação transitada em julgado, Vivian é categórica ao dizer que acredita na versão de Robinho. Diante das milhares de páginas do processo e de documentos que juntou durante mais de uma década, ela diz ter estudado cada uma das folhas e garante: “Ninguém no Brasil sabe mais desse caso que eu”. 

 

Quais são as evidências apresentadas pela defesa?

O coração da disputa jurídica gira em torno dos áudios obtidos pela polícia italiana através de escutas. A defesa de Robinho argumenta que os áudios, apesar de moralmente questionáveis, não provam a ocorrência de um crime. Filmes e fotografias da noite do suposto incidente, bem como uma análise de horários, foram levantados pela defesa como meios de contestar a versão da acusação, que afirma que a vítima estava inconsciente e, portanto, incapaz de consentir.

 

Esses áudios, segundo Vivian, não passam de "brincadeiras de mau gosto" entre amigos, uma interpretação que ela acredita ter sido extremamente desvirtuada. A defesa acredita que a análise dos dados pela Justiça Italiana foi parcial e que a alteração do local do julgamento para o Brasil traria novos ares e uma avaliação mais justa ao caso.

 

“O Robinho foi condenado por áudios entre amigos, imorais, horrorosos. Só que isso não é um crime. A traição que houve comigo não é um crime. Está muito distante de ser um crime. Entre um ato imoral e um crime tem uma distância muito grande. Ele está há oito meses pagando por algo que não aconteceu”, pontua ela. 

 

Após a homologação da sentença italiana pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) em março de 2023, Robinho começou a cumprir pena no Brasil, reclusão esta que agora ocorre na Penitenciária II de Tremembé. Aqui, apesar de não haver a possibilidade de revogar a extradição, a defesa batalha para reverter tal situação. Um habeas corpus pedido ao Supremo Tribunal Federal (STF) é a última tentativa de reverter a prisão, que permanece firme com um placar de 5 a 1 em favor da manutenção da condenação.

 

 

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