Reprodução SBT / TV Globo

Redação UAI 19/08/2024 10:36

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Carlos Alberto de Nóbrega foi amigo de Silvio Santos por mais de 70 anos. Em cobertura do 'Fantástico' sobre a morte do dono do SBT, o apresentador lembrou como os dois se conheceram.

"Eu tinha 18 anos de idade e ele tinha 24. Foi um começo de carreira. E nós tivemos uma afinidade muito grande. O Silvio era muito tímido. E ele era locutor comercial do meu pai, do programa Manuel de Nóbrega", conta Carlos Alberto.

Silvio Santos ajudou pai de Carlos Alberto a sair da falência 

Em 1958, o Baú da Felicidade pertencia a Manoel de Nóbrega, pai de Carlos Alberto. No entanto, a empresa ia passando por dificuldades e, quase chegando a falência, Silvio Santos conseguiu contornar o problema em poucos anos. 

"E meu pai ligou para o Silvio: ‘Silvio, preciso que você me ajude. Que eu estou ferrado. Eu não posso ter meu nome sujo. Toma conta disso pra mim.’ No final do ano, ele já tinha salvo meu pai dessa vergonha. Aí meu pai disse: ‘não, Silvio. Você já me ajudou, já me tirou do buraco. Baú é meu, fica com ele pra você'", diz.

Silvio ganhou a concessão de um canal só pra ele e, na mesma época, Manoel de Nóbrega enfrentava um câncer. O dono do SBT pagou todos os custos do tratamento. "Quando eu digo todo, era todo. De uma gaze, de três cirurgias, ele nunca me pediu um recibo. Ele tinha vergonha de ser bondoso. Vergonha. Isso eu te garanto pelos 70 anos de amizade que nós tivemos. Ele era uma pessoa boa", contou Carlos Alberto. 

'Eu sonhava com o Silvio e meu pai entrava, no sonho' 

A amizade da dupla passou por altos e baixos. Carlos e Silvio chegaram a ficar brigados por 11 anos, o que fez o comunicador se afastar da emissora.

“Eu sentia saudade do Silvio. Começou uma hora que começou a fazer falta. Cara, pela vida dos meus netos que tão aqui assistindo. Eu sonhava com o Silvio e meu pai entrava, no sonho. Vai lá dar um abraço no Silvio. Vocês são irmãos. Não quero ver vocês brigados. E fui jantar com ele. Nós nos abraçamos com muita força. Falou ‘po, Carlos, por que nós brigamos, cara?’”, lembra Carlos, emocionado.

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