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Olimpíadas 2024: 'Deus Azul' da 'Santa Ceia' pede desculpas e revela cachê

Pintado de azul e nu ao lado de drags e dançarinos, Philipe Katerine vem sendo duramente criticado pela Igreja Católica e grupos cristãos

Artista fazendo performance na abertura dos Jogos Olímpicos de Paris Reprodução TV Globo
Redação UAI clock 02/08/2024 10:55
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Entre as diversas polêmicas que rondam as Olimpíadas de Paris 2024, a performance associada a uma paródia da "Última Ceia" de Jesus Cristo tem repercutido até hoje. Durante a cerimônia realizada na festa de  abertura, Philipe Katerine apareceu representando Dionísio, o deus da vinificação, vegetação, fertilidade e êxtasenu. Pintado de azul e deitado em cima da mesa nu ao lado de drags e dançarinos, o artista vem sendo duramente criticado pela Igreja Católica e grupos cristãos. 

 

Igreja Católica Francesa detona paródia

 

A "Última Ceia" é a famosa pintura de Leonardo da Vinci, que mostra Jesus Cristo com seus 12 apóstolos em sua última ceia, onde ele anunciou que um dos apóstolos o trairia. Várias organizações cristãs e católicas ao redor do mundo denunciaram o momento desde então. 

 

O conhecido bispo Robert Barron em Minnesota disse em um vídeo que zombaram de "um momento muito central no cristianismo", enquanto o presidente da Câmara dos EUA, Mike Johnson, declarou pelas redes sociais que foi "chocante e um insulto" aos cristãos.  

 

A Igreja Católica Francesa disse que as festividades “incluíram cenas de escárnio e zombaria do cristianismo”. “Claramente nunca houve a intenção de mostrar desrespeito a nenhum grupo religioso. Pelo contrário, acho que tentamos celebrar a comunidade, a tolerância. Acreditamos que essa ambição foi alcançada. Se as pessoas se ofenderam, é claro que lamentamos muito”, disse a porta-voz de Paris 2024, Anne Descamps, em uma entrevista coletiva no último domingo.

 

Philipe Katerine revela ter recebido cachê para representar 'Última Ceia'

 

Mediante a muitas críticas, Philipe Katerine se desculpou e revelou que recebeu um cachê para representar o "Deus Dionísio".

 

"Não sei quanto receberam os outros, espero que seja igual...Eu recebi 200 euros. Me pareceu muito, então aceitei. Botei no bolso. Esse é o infortúnio. Mas, você sabe, eu teria pagado 200 euros para participar (...) Lamento se foi chocante, não foi a intenção...Fui criado na religião cristã. E o que é belo na religião cristã é o perdão. Então peço desculpas se ofendi", lamentou Philipe.  

 

No entanto, a declaração dele não pegou nada bem. Isso porque, semanas antes da cerimônia de abertura, a organização afirmou quem se apresentassem não receberiam nenhum cachê. Alguns dançarinos até pararam os ensaios por desigualdade no tratamentos entre os artistas.

 

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