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Mario Frias vira réu por injúria contra Marcelo Adnet
Ofensas foram postadas nas redes sociais e Justiça decidiu prosseguir com a ação penal
O ex-secretário Especial de Cultura do governo Bolsonaro, Mario Frias, que disputa vaga de deputado federal em São Paulo pelo PL, tornou-se réu por injúria e difamação contra Marcelo Adnet. O TJDFT (Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios) admitiu a queixa-crime feita pelo humorista, que foi ofendido nas redes sociais pelo ator.
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De acordo com as informações da coluna de Lauro Jardim, do jornal O Globo, o juiz Fernando Brandini Barbagalo determinou o prosseguimento da ação penal e entendeu que as expressões inseridas na publicação de Mario indicam, em tese, "o animus de ofender a honra" de Adnet.
O comediante entrou na Justiça contra o candidato em maio de 2021 após ter sido chamado de "criatura imunda", "Judas" e "crápula", entre outros comentários de teor ofensivo.
O apoiador do presidente da República Jair Messias Bolsonaro (PL) não gostou de uma paródia do vídeo intitulado Um Povo Heroico produzida por Marcelo Adnet para uma campanha publicada às vésperas do feriado de 7 de setembro de 2020.
"Agindo como se fosse um ser do bem, quando na verdade não passa de uma criatura imunda, cujo o adjetivo que devidamente o qualifica não é outro senão o de crápula. Um Judas que não respeitou nem a própria esposa traindo a pobre coitada em público por pura vaidade e falta de caráter", disparou ele na época.
O ex-integrante do governo Bolsonaro ainda se referiu ao piadista como um "palhaço decadente que se vende por qualquer tostão" e "incapaz de encarar a vida e suas responsabilidades morais".
Na ocasião, Adnet respondeu com uma nova piada, dizendo que o ex-global "recomendou" o esquete. "Até o Secretário Frias recomendou no Instagram dele! Vale conferir o post! A Secom deve replicar em suas redes!", publicou na web.
Na petição, os advogados do ex-marido de Dani Calabresa alegam que o artista "explodiu em fúria, com ameaça, injúria e difamação depois de tomar ciência de uma singela e inofensiva paródia feita pelo autor, em que ele imita o discurso feito pelo demandado, num vídeo oficial da Secretaria Especial de Comunicação do Governo Federal".
Ainda segundo a equipe, o autor da ação não fez nenhuma ofensa ou ataque em sua paródia. "Não existe discurso de ódio ou intolerância que justifique a reação do secretário especial de Cultura do Governo Federal".
A defesa do bolsonarista argumentou que não houve demonstração de dolo específico de ofender e que os fatos eram atípicos.
Confira, abaixo, o vídeo que fez Mario Frias ofender Marcelo Adnet:
Arquivo Confidencial com o presidente no #SintaSeEmCasa
%u2014 Marcelo Adnet (@MarceloAdnet) September 5, 2020
Pgm completo https://t.co/t26nDkk4gq pic.twitter.com/t3jPIJhhE5