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'A Ancine faz de tudo para atrapalhar o cinema', dispara Marieta Severo
Na pré-estreia de Aos Nossos Filhos, atriz diz que está em contagem regressiva para a saída do presidente Jair Messias Bolsonaro (PL)
Assim como seu papel no filme Aos nossos filhos (2022), longa dirigida por Maria de Medeiros baseado na peça homônima de Laura Castro, que estreou nesta quinta-feira (28/07) nos cinemas, sua personagem vive angustiada e tem pesadelos frequentes com a ditadura militar - um trauma terrível do passado.
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Marieta Severo, de 75 anos de idade, não anda tranquila sobre as eleições presidenciais e o futuro do Brasil. A atriz não esconde de ninguém que estar em contagem regressiva para a saída do atual presidente do Brasil Jair Messias Bolsonaro (PL) - a quem já fez duras críticas publicamente.
"Todos os dias penso nisso, e vou contando. Nunca pensei que fosse passar por isso outra vez na minha vida", declarou a artista em entrevista exclusiva ao portal F5, do jornal Folha de S. Paulo.
Vale destacar, que veterana foi uma das primeiras personalidades a assinar a carta pela democracia e do processo eleitoral, documento que defende os tribunais superiores, as eleições e a democracia e é considerado uma resposta às ameaças golpistas de Bolsonaro. Documento conta com mais de 300 mil assinaturas em menos de 2 dias de divulgação. "Não tinha como não assinar", enfatizou à publicação.
Diversos artistas como Chico Buarque, Roberto Setúbal, Ellen Gracie e Luiz Gonzaga Beluzzo, Gal Costa, Zélia Duncan, Maria Bethânia, Joaquim Barbosa, Antonio Calloni e Bruno Gagliasso, estão divulgando o documento nas redes sociais.
Aos nossos filhos
Marieta confessa que com o novo filme quer atrair o público mais jovem para o cinema. "Aos Nossos Filhos fala das relações humanas, mas mostra o sofrimento de uma mulher da minha geração que sofreu os horrores de um período horrível da nossa história. E é esse caminho que muitas pessoas ainda acreditam ser a solução para Brasil. A minha geração sabe que nada pode ser pior", afirmou.
Da criação até o lançamento da obra, se passaram oito anos por conta do impasse com a Agência Nacional de Cinema (Ancine). "É impressionante. Foram vários empecilhos, inclusive a Ancine. Aliás, ela faz tudo para atrapalhar e não estimular a preciosidade que é fazer cinema. Mas chegou a hora e acredito ser este o momento certo", desabafou Severo.
A trama complexa gira em torno de Vera (Marieta Severo), uma mulher corajosa que pegou em armas para lutar contra a ditadura e carrega grandes traumas do passado e mantém uma ONG com crianças soropositivas. Mesmo tendo sofrido severas injustiças sociais, ela não consegue aceitar a homossexualidade de sua filha, Tânia (Laura Castro). E quando a herdeira conta que deseja ter um filho com Vanessa (Marta Nóbrega), com quem é casada há 15 anos, o embate entre mãe e filha apenas se intensifica, expondo feridas emocionais não cicatrizadas dos dois lados.
Confira, abaixo, o trailer: