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Ao ir à delegacia relatar o ocorrido às autoridades policiais, Daniele Aguiar descobriu que não tinha obrigação de devolver o valor
Já imaginou acordar com uma grana a mais na sua conta? Uma empresária de Belo Horizonte, capital de Minas Gerais, deu exemplo de honestidade e devolveu quase R$ 30 mil após receber um Pix por engano. A transação ocorreu na última segunda-feira (05/09).
A transferência ocorreu pelo método do número de celular: o número tem a sequência idêntica ao de Daniele Aguiar, com exceção do código de área, equivalente ao interior do estado.
"Minha consciência não tem preço", disse Daniele após devolver o valor. A repercussão tomou conta das redes sociais depois que Vivi Wanderley publicou o relato em um dos perfis oficiais. A jovem é influenciadora digital, tem 13 milhões de seguidores no Instagram e 843 mil no Twitter, e filha de Daniele Aguiar.
"Uma pessoa depositou R$ 30 mil sem querer na conta da minha mãe. Ela foi na delegacia para devolver e falaram que ela não era obrigada. Eu não sabia disso, fiquei chocada, no final deu certo e ela devolveu", escreveu.
A influencer ainda questionou os seguidores sobre a atitude deles, caso eles também recebessem a quantia por engano. "Agora tenho uma pergunta, você devolveria?", questionou.
Confira, abaixo:
Uma pessoa depositou 30 mil reais SEM QUERER na conta da minha mãe, ela foi na delegacia pra devolver e falar pra ela q ela NAO ERA OBRIGADA, eu não sabia disso, fiquei chocada, no final deu certo e ela devolveu, Agr tenho uma pergunta, vc devolveria? Hahahaha
%u2014 Wanda (@vivituitou) September 5, 2022
Em entrevista exclusiva ao portal G1, a mulher contou que, enquanto trabalhava, recebeu dezenas de ligações de um mesmo número. Como não tem o hábito de atender chamadas enquanto trabalha, a empresária ignorou as chamadas.
No entanto, um fato interessante chamou a sua atenção: o número de telefone era igual ao dela, com exceção do código de área. Na capital de Minas Gerais, o código telefônico é 31. Já o número que entrou em contato tinha o prefixo 34.
Ao conversar com o remetente, Daniele descobriu que havia recebido a transferência. "A filha de uma senhora com 67 anos me mandou mensagem e ligou, me contando que a mãe fez uma transferência de forma equivocada para mim. Ela digitou o número e não conferiu o nome do destinatário. Como o número era o mesmo, ela concluiu a transação", contou.
A princípio, a mulher pensou que poderia se tratar de um golpe. Aguiar chegou a conferir sua conta bancária e não percebeu um valor à mais, até que a verdadeira destinatária explicou para qual instituição financeira o valor foi repassado. A quantia de quase R$ 30 mil foi enviado para uma conta pouco utilizada pela empresária.
Temendo se ver envolvida em uma transação ilegal, Daniele Aguiar seguiu para uma delegacia da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), onde conferiu a autenticidade da origem do dinheiro. Ao comprovar que a situação era segura, vista que nenhuma das pessoas envolvidas no equívoco tinha registro criminal, a empresária se assustou com a informação recebida pelos agentes de que não era obrigada a devolver o dinheiro.
"A primeira coisa que passou pela minha cabeça é que Deus está vendo. A gente acha que as pessoas não estão sabendo, mas Ele está. Minha consciência não tem preço".
Daniele Aguiar
A remetente da transferência mora em Uberlândia, no Triângulo Mineiro. Durante as conversas com a verdadeira destinatária da transferência, Daniele recebeu a informação que a mãe dela utilizaria o dinheiro para pagar contas. A empresária combinou a devolução total do dinheiro conforme o limite praticado pela instituição bancária.