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5 perguntas para o ator e cantor Eliot Tosta: de Fernandópolis para o mundo
Em um bate-papo bem-humorado, exclusivo e repleto de boas histórias, o fernandopolense relembrou momentos marcantes da carreira e falou do cotidiano "na gringa"
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Carmen Campos x
Marcelo Bandeira
27/04/2025 13:30
27/04/2025 13:30
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Com 36 anos de idade e quase 20 de estrada, Eliot Tosta celebra uma trajetória que atravessa fronteiras. Nascido em Fernandópolis, no interior de São Paulo, o artista hoje mora em Madri, na Espanha, de onde segue fazendo a ponte aérea com o Brasil.
Ele pode ser visto atualmente na série "Santo", da Netflix, gravada entre Salvador e Madri, e se prepara para estrear em duas produções nacionais: "Impuros" (Disney+) e "Arcanjo Renegado" (Globoplay).
Nas telonas, está no elenco dos longas "Asa Branca – A Voz da Arena", que retrata a vida do famoso locutor de rodeios, e "Por Um Fio", baseado no livro de Drauzio Varella. Além de atuar, Eliot também assina obras, como a websérie "Célia & César", indicada ao "Rio Web Festival".
Versátil, inquieto e cheio de planos, Tosta conversou com a gente e abriu o jogo. Então, puxa uma cadeira e confere esse proseio bom demais da conta!
1. O que da cultura espanhola já levou para o seu dia a dia? E o que notou de diferente no jeito de interpretar?
Acho que a minha maior assimilação foi a famosa "siesta". No verão, as lojas fecham, as ruas esvaziam e as pessoas dormem após o almoço. Eu amo tirar esse tempinho, parece que o dia reseta!
Outra coisa que aprendi e logo fui absorvendo foi a dizer "não" e a receber um "não" também, sem ficar contestando tanto.
Agora, sobre atuar: na Espanha, o trato com os atores é nivelado. É só mais um, mais alguém que compõe uma equipe grande. No Brasil — e não quero generalizar —, sinto que há um certo endeusamento de cargos e pessoas.
2. Como foi sua descoberta pelas artes cênicas? Sonhava em voar tão alto?
Fui uma criança com imaginação muito fértil, talvez para fugir da minha realidade. Sempre que podia, estava envolvido com teatro — na escola, no centro espírita, no quintal dos meus avós. Viver outras narrativas e personagens me fascinava.
Na quinta série, participei de uma mostra estudantil com alunos mais velhos. Após a peça, me perguntaram o que queria ser. Respondi, sem pensar: ator. O auditório veio abaixo de tanto rirem. Em Fernandópolis, essa profissão parecia impossível.
Se eu pensava em carreira internacional? Sim, mas dentro da perspectiva do imaginário. Não era algo que sabia como conquistar. Só depois percebi que aquele anseio era um chamado, e que bastava ir tentando — e indo!
3. Há duas séries que estreiam agora em 2025. O que pode adiantar sobre elas? E como foi retornar e gravar em território brasileiro?
Podem esperar personagens bem diferentes. Os dois falam espanhol, mas a preparação e o contexto são distintos. Ambas as minisséries têm muita ação, então adrenalina não vai faltar. Foi uma delícia fazê-las.
Voltar a trabalhar aqui foi o meu maior presente de 2024. Sinto que cheguei amadurecido, com experiências e cheio de vontade. Vim com os dois pés no peito, aberto ao mercado e ao universo. O que quero é continuar nessa energia o ano todo.
4. Você tem se dividido entre cinema, streaming e projetos autorais. Há algum ideal ainda não concretizado?
Sonho em atuar na televisão aberta. Preciso realizar o desejo daquele menino que assistia "Chiquititas" e "O Beijo do Vampiro" e ficava pensando: "como aquelas crianças foram parar ali?".
Mesmo envolvido com tantas frentes, fazer algo direcionado para o grande público, como uma novela, seria um prazer e tanto. É uma vontade que segue viva.
5. E o que vem por aí para Eliot Tosta?
Sempre imaginei quando essa pergunta chegaria, para responder: "estou estudando alguns convites" (risos). Como ator, estou na busca. Não sou de esperar, gosto de correr atrás. Quero atuar em breve e estou aberto a propostas pelas bandas de cá ou na Espanha.
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