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5 perguntas para Murilo Sampaio, o vilão da última temporada da série 'Dom'

Em entrevista ao "Uai", ele, que tem uma trajetória recheada de trabalhos na televisão e é um dos nomes de "Guerreiros do Sol", exaltou a sua entrada no seriado

5 perguntas para Murilo Sampaio, o vilão da última temporada da série Fotografia Dela
Murilo Sampaio
Marcelo Bandeira clock 31/12/2024 13:00
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Com 32 anos de idade e festejando 10 de estrada, Murilo Sampaio é o grande antagonista da fase final de "Dom", do Prime Video. Na narrativa, vive o traficante Colibri, que adora ostentar seus ouros e armas pela Rocinha, morro que controla, no Rio. Seu jeito egocêntrico é um problema na hora de ganhar a fidelidade dos homens do bando. Atualmente, o ator também pode ser visto em "Depois da Meia-Noite", no YouTube, sob a direção do vencedor do Emmy Rogério Gomes, o Papinha, e com texto de Lela Gomes. O projeto com temática LGBT estreou em abril e, por conta do sucesso, já há previsão para uma nova leva. 

 

No Globoplay, Murilo Sampaio está no elenco da aguardada novela "Guerreiros do Sol". A produção sobre o cangaço, também dirigida por Rogério Gomes, chegará na plataforma em 2025 como parte das comemorações dos 60 anos da Globo. O artista protagoniza ainda as obras "Empurrando com a Barriga" e "Fim de Comédia", ambas sem previsão de exibição no CineBrasil TV. Para falar sobre esses e outros temas, o multifacetado soteropolitano topou bater um papo exclusivo com a coluna Marcelo Bandeira, hospedada neste portal mineiro. 

 

 

 

1. Podemos declarar que "Dom" foi, até o momento, a maior oportunidade que você teve de mostrar seu talento. Como é conquistar um papel num projeto de tamanha grandiosidade no mercado audiovisual nacional?

Um baita presente, um presente indireto depois de anos de dedicação. Um presente que não é garantia de êxito, mas é a materialização de uma chance única que pôde ser aproveitada. Não esperava passar. De início, duvidava que seria a pessoa ideal para o personagem.

 

Mas, no fim das contas, Breno Silveira me escolheu e dei todo meu sangue para estar em sintonia com a energia dos atores. Fiquei feliz e satisfeito em ver esse ciclo fechar. Isso não seria possível sem o primeiro contato da produtora Cibele Santa Cruz e sem a crença da equipe do Prime Video, do autor Fábio Mendes e dos diretores Adrian Teijido e Alice Gomez no meu potencial. Gratidão, Breno.

 

2. As críticas do público e da imprensa a "Dom" foram excelentes. Como lida com esse retorno?

Elas são de fato bastante positivas. Ler que "o encerramento foi com chave de ouro" é um mix de satisfação e felicidade por ter feito parte do processo. Encaro com afeto e receptividade a todos os comentários sobre a trama e o Colibri. Me divirto, inclusive, com alguns que chegam por meio do Instagram.

 

 

 

3. Você é baiano e está completando 10 anos de vida artística. Dizem que "quem é da Bahia não nasce; estreia". Como se interessou pelas artes? E como foi sair de lá e ganhar o mundo em busca da sua carreira?

 

Entrei nas cênicas por recomendação do meu avô materno já falecido, Isaías de Cerqueira. Ele cantava ópera e me recomendou a atuação após uma conversa que tivemos, em que me incentivou afirmando que seria bacana para minha formação jurídica. Na época eu fazia o sexto período de Direito. Resolvi procurar o curso de teatro de Manoel Lopes Pontes, meu primeiro e amado diretor que muito me ensinou, e comecei a praticar. Por quase dois anos levava isso como um hobby. Só profissionalizei o encanto em 2014.

 

Ir embora de Salvador foi rápido e natural. Tenho uma tia (Maria das Graças) que sempre morou no Rio, a conheci vindo fazer dois cursos no segundo semestre de 2014, enquanto estava no último período da faculdade. Nessas idas e vindas, aproximamo-nos e ela me convidou para morar na Tijuca em sua casa. Então, no início de 2015 saí definitivamente da Bahia e parti para viver outras experiências de grupos e formações, ao passo que tentava algum espaço no audiovisual. Só sei que "a trancos e barrancos" fui conhecendo gente e, passo a passo, conseguindo trabalho.

 

4. Temos novidades vindo aí, certo? O que pode nos adiantar?

Agora, em 2025, "Guerreiros do Sol", do Globoplay, será lançado. Nele, interpreto um mecânico mal caráter, um roteirista de telenovelas workaholic e um flagelado da seca, respectivamente. Personagens intrigantes que tive apreço em fazer. Ainda sem data certa, há três longas, duas minisséries e um curta, se não me falha a memória (risos).

 

 

 

5. O que é ser artista em sua concepção?

É estar no "como". Como me expresso, como digo algo ou como conto uma história. A arte é o atravessamento estético da subjetividade da expressão do ser humano. Um olhar ávido, atento, observador, que elabora a forma de fazer o que deseja ser compreendido ou simplesmente expressado.

 

 

 

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