JOVENS REGENTES BRASILEIROS PARTICIPAM DA 8ª EDIÇÃO DO LABORATÓRIO DE REGÊNCIA DA FILARMÔNICA DE MINAS GERAIS
Quatro maestros têm a oportunidade de conduzir a Orquestra e participam de aulas ministradas pelo maestro Fabio Mechetti concerto de encerramento é gratuito e aberto ao público
Quatro maestros de diferentes regiões do país assumirão a batuta para reger a Filarmônica de Minas Gerais em concerto aberto ao público, no dia 5 de novembro, às 18h, na Sala Minas Gerais. Numa oportunidade rara, Cibelle J. Donza (PA), Flávio Lago (SP),Hilo Carriel (AM) e Nilton Soares (MG) vivenciarão, na prática, o diálogo entre músicos e partituras, durante a 8ª edição do Laboratório de Regência da Filarmônica de Minas Gerais, atividade que tem como intuito a profissionalização do setor. O Laboratório de Regência será realizado entre os dias 2 e 5 de novembro, com ensaios e aulas técnicas ministradas pelo diretor artístico e regente titular da Orquestra, Fabio Mechetti. Todo esse processo possibilita que jovens regentes tenham, sob sua batuta, uma orquestra profissional e aprendam, na prática, os desafios da regência. O programa de concerto terá Guilherme Tel: Abertura, de Rossini, e a Sinfonia nº 4 em mi menor, op. 98, de Brahms.
A entrada para o concerto é gratuita, e os ingressos devem ser retirados na bilheteria da Sala Minas Gerais a partir do dia 3 de novembro. Serão disponibilizados dois ingressos por pessoa.
Trinta e um jovens maestros se inscreveram no 8º Laboratório de Regência da Filarmônica de Minas Gerais. Além dos quatro regentes com participação ativa, que dirigirão a Orquestra no concerto de encerramento, outros dez regentes serão ouvintes. O formato desta edição segue o modelo das anteriores: pela manhã, os participantes têm aulas práticas, em ensaios com a Orquestra, e, à tarde, recebem orientações teóricas do maestro Fabio Mechetti.
Essa é uma iniciativa pioneira no Brasil, pela qual já passaram regentes que hoje se destacam no cenário nacional e internacional, como Marcelo Lehninger, atual Diretor Musical e Regente Titular da Orquestra Sinfônica de Grand Rapids, depois de ter ocupado os cargos de Regente Associado da Orquestra Sinfônica de Boston e Regente Titular e Diretor Artístico da Orquestra Sinfônica de New West, todas nos Estados Unidos Tobias Volkmann, maestro titular da Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal do Rio de Janeiro e principal regente convidado da Orquestra Sinfônica Nacional UFF, com reconhecida carreira internacional, tendo estreado recentemente na célebre sala do Gewandhaus de Leipzig, como convidado da temporada oficial do Coro e Orquestra da Rádio MDR, entre outras apresentações e Alexandra Arrieche, diretora musical da Henderson Symphony Orchestra, vencedora do Taki Concordia Fellowship (2010), organizado pela maestrina Marin Alsop, e regente assistente da Baltimore Symphony nas temporadas 2013 e 2014.
O Laboratório de Regência é apresentado pelo Ministério da Cultura, Governo de Minas Gerais e CBMM por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura.
O maestro Fabio Mechetti
Desde 2008, Fabio Mechetti é Diretor Artístico e Regente Titular da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais. Com seu trabalho, Mechetti posicionou a orquestra mineira nos cenários nacional e internacional e conquistou vários prêmios. Com ela, realizou turnês pelo Uruguai e Argentina e realizou gravações para o selo Naxos. Natural de São Paulo, Fabio Mechetti serviu recentemente como Regente Principal da Orquestra Filarmônica da Malásia, tornando-se o primeiro regente brasileiro a ser titular de uma orquestra asiática. Depois de quatorze anos à frente da Orquestra Sinfônica de Jacksonville, Estados Unidos, atualmente é seu Regente Titular Emérito. Foi também Regente Titular da Sinfônica de Syracuse e da Sinfônica de Spokane. Desta última é, agora, Regente Emérito. Foi regente associado de Mstislav Rostropovich na Orquestra Sinfônica Nacional de Washington e com ela dirigiu concertos no Kennedy Center e no Capitólio norte-americano. Da Orquestra Sinfônica de San Diego, foi Regente Residente. Fez sua estreia no Carnegie Hall de Nova York conduzindo a Orquestra Sinfônica de Nova Jersey e tem dirigido inúmeras orquestras norte-americanas, como as de Seattle, Buffalo, Utah, Rochester, Phoenix, Columbus, entre outras. É convidado frequente dos festivais de verão nos Estados Unidos, entre eles os de Grant Park em Chicago e Chautauqua em Nova York.
Realizou diversos concertos no México, Espanha e Venezuela. No Japão dirigiu as orquestras sinfônicas de Tóquio, Sapporo e Hiroshima. Regeu também a Orquestra Sinfônica da BBC da Escócia, a Orquestra da Rádio e TV Espanhola em Madrid, a Filarmônica de Auckland, Nova Zelândia, e a Orquestra Sinfônica de Quebec, Canadá. Vencedor do Concurso Internacional de Regência Nicolai Malko, na Dinamarca, Mechetti dirige regularmente na Escandinávia, particularmente a Orquestra da Rádio Dinamarquesa e a de Helsingborg, Suécia. Recentemente fez sua estreia na Finlândia, dirigindo a Filarmônica de Tampere, e na Itália, dirigindo a Orquestra Sinfônica de Roma. Em 2016 estreou com a Filarmônica de Odense, na Dinamarca.
Igualmente aclamado como regente de ópera, estreou nos Estados Unidos dirigindo a Ópera de Washington. No seu repertório destacam-se produções de Tosca, Turandot, Carmem, Don Giovanni, Così fan tutte, La Bohème, Madame Butterfly, O barbeiro de Sevilha, La Traviata e Otello. Fabio Mechetti recebeu títulos de mestrado em Regência e em Composição pela prestigiosa Juilliard School de Nova York.
Os regentes
Cibelle J. Donza
Cibelle J. Donza, 30 anos, natural de Belém (PA), é regente assistente da Orquestra Sinfônica do Theatro da Paz. Estudou no Conductors Institute of Bard, com Harold Farbeman, e com Maurice Peress, no Queens College, ambos em Nova York. Em cursos, regeu para Apo Hsu, Leon Botstein, Guillermo Figueroa, Tong Chen e Alexandra Arrieche. É especialista em Composição e mestranda em Artes na UFPA. Em 2015, recebeu Bolsa de Criação Artística da Fundação Cultural do Pará, pela criação de obras sensoriais inspiradas na poética de Max Martins. Também é assistente no XV Festival de Ópera do Theatro da Paz.
Flávio Lago
Natural de São Paulo, Flávio Lago iniciou os estudos musicais aos 13 anos. Estudou piano com Armando Fava Filho, na Fundação Magda Tagliaferro, e regência na Unesp. Foi membro da Academia de Ópera do Theatro São Pedro e, hoje, é pianista e maestro assistente das produções do teatro. Trabalhou com os artistas Denise de Freitas, Daniella Carvalho, Luiz Fernando Malheiro e Marco Boemi, dentre outros. Recentemente, regeu a Orquestra Amazonas Filarmônica, no XIX Festival Amazonas de Ópera, e a Orquestra do Theatro São Pedro, ao lado da cantora Rosana Lamosa.
Hilo Carriel
Amazonense, 25 anos, Hilo Carriel é bacharel em Regência pela Escola Superior de Artes e Turismo da Universidade do Amazonas. Atuou por três anos como pianista da Orquestra Experimental da Amazonas Filarmônica e como correpetidor do Festival Amazonas de Ópera. Foi bolsista de Regência no 45º Festival de Inverno de Campos do Jordão, aluno efetivo do III Workshop de Regência da Filarmônica de Goiás e do I Seminário de Regência da Orquestra Experimental de Repertório. Atualmente, é regente do Coral Jovem do Liceu de Artes e Ofícios Cláudio Santoro (LAOCS) e pianista do Coral do Amazonas e do Coral Infantil do LAOCS.
Nilton Soares
Mineiro da cidade de Tombos, Nilton Soares, de 38 anos, graduou-se na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), onde também obteve o título de Mestre em Música. Regente assistente da Orquestra Sinfônica de Barra Mansa, atuou diversas vezes à frente do conjunto durante as últimas três temporadas, dirigindo concertos em Barra Mansa e em cidades do interior do estado do Rio de Janeiro. Dentre os grupos que regeu, estão a Orquestra Sinfônica Juvenil de Barra Mansa, a Orquestra Sinfônica Heliópolis, a World Youth Orchestra e a Orquestra de Câmara de Florença.
Sobre a Orquestra Filarmônica de Minas Gerais
Belo Horizonte, 21 de fevereiro de 2008. Após meses de intenso trabalho, músicos e público viam um sonho tornar-se realidade com o primeiro concerto da primeira temporada da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais. Criada pelo Governo do Estado e gerida pela sociedade civil, nasceu com o compromisso de ser uma orquestra de excelência, cujo planejamento envolve concertos de série, programas educacionais, circulação e produção de conteúdos para a disseminação dos repertórios sinfônicos brasileiro e universal.
De lá para cá:
820 mil pessoas ouviram a Filarmônica ao vivo
641 concertos foram realizados
835 obras foram tocadas
242 compositores brasileiros e estrangeiros foram interpretados
52 estreias mundiais e 11 encomendas foram apresentadas
93 concertos foram realizados no interior de Minas Gerais
27 concertos foram realizados em cidades do Norte ao Sul do país
5 concertos aconteceram em cidades da Argentina e Uruguai
6 álbuns musicais foram lançados, sendo 3 deles internacionais
513 notas de programa foram produzidas
115 webvídeos foram disponibilizados
56 mil fotografias registraram esse desenvolver da história
318 concertos foram gravados
4 exposições temáticas sobre música sinfônica foram montadas
3 livros sobre a formação de uma orquestra foram publicados
1 DVD de iniciação à música orquestral foi criado
92 músicos estão trabalhando
18 nacionalidades convivem em harmonia
60 mil oportunidades de trabalho foram abertas
3.320 assinaturas apoiam a programação artística
7 prêmios de cultura e de desenvolvimento foram recebidos
Agora, em 2017, a Filarmônica lança sua décima temporada e continua contando com a participação de grandes músicos para celebrar a Música e o respeito conquistado junto ao público.
Serviço
Orquestra Filarmônica de Minas Gerais
8º Laboratório de Regência
Com o maestro Fabio Mechetti
Para jovens regentes brasileiros
De 2 a 5 de novembro de 2016
Concerto de Encerramento
5 de novembro, às 18h
Sala Minas Gerais
Fabio Mechetti, regente
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Cibelle J. Donza, regente
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Flávio Lago, regente
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Hilo Carriel, regente
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Nilton Soares, regente
ROSSINI Guilherme Tell: Abertura
BRAHMS Sinfonia nº 4 em mi menor, op. 98
Entrada Gratuita
A retirada de ingressos tem início no dia 3 de novembro, na bilheteria da Sala Minas Gerais, limitada a um par por pessoa.
Funcionamento da bilheteria:
Sala Minas Gerais &ndash Rua Tenente Brito Melo, 1090 &ndash Bairro Barro Preto
De segunda-feira a sexta-feira, das 12h às 21h.
Aos sábados, das 12h às 18h.
Em sábados de concerto, das 12h às 21h.
Em domingos de concerto, das 9h às 15h.
Para mais informações: www.filarmonica.art.br