Com regência de Fabio Mechetti, Orquestra recebe importantes vozes do cenário lírico nacional
Mozart foi essencialmente um compositor de ópera. Dentre várias dessas obras-primas, a Filarmônica de Minas Gerais interpreta, pela primeira vez, uma versão semiencenada de uma das comédias mais celebradas de Mozart, Così fan tutte. As apresentações serão realizadas nos dias 20 e 21 de agosto, às 18h, na Sala Minas Gerais. O elenco é composto por importantes vozes do cenário lírico nacional. Sob regência do maestro Fabio Mechetti, e com direção de cena de Marina Mora, apresentam-se Gabriella Pace (soprano/Fiordiligi), Luisa Francesconi (mezzo-soprano/Dorabella), Carla Cottini (soprano/Despina), Andrew Owens (tenor/Ferrando) Leonardo Neiva(barítono/Guglielmo) e Lício Bruno (baixo-barítono/Don Alfonso). Com ingressos esgotados para o dia 20 de agosto, foi aberta uma sessão extra no dia 21 de agosto, domingo, às 18h. Ingressos entre R$ 17 (meia) e R$ 98 (inteira).
Para o maestro Fabio Mechetti, diretor artístico e regente titular da Filarmônica de Minas Gerais, na celebração da obra de Mozart, realizada na série Fora de Série deste ano, não poderia ficar de fora a exploração daquilo que é mais representativo de toda a obra do compositor: a composição de óperas e a influência que elas tiveram em sua produção. &ldquoCosì fan tutte é uma daquelas obras-primas que unem a extrema beleza e a simplicidade da música com a alegria e a diversão contidas em seu libreto. Um tanto politicamente incorreta para os dias hoje, a ópera marca um novo desafio para a Filarmônica, que, pela primeira vez, embarcará nesse gênero especial que é a arte lírica. Com elenco de primeira categoria, o público poderá esperar momentos de humor, amor, dúvida e argúcia, mas, acima de tudo, a excelência da música de Mozart interpretada pela nossa grande Orquestra&rdquo, destaca.
O repertório
WOLFGANG AMADEUS MOZART (Áustria, Salzburg, 27 de janeiro de 1756 &ndash Viena, 5 de dezembro de 1791) e a obra Così fan tutte, ossia La Scuola degli Amanti, K. 588 (Viena, 1790)
Così fan tutte é a última das três obras-primas de Mozart com o libretista Lorenzo Da Ponte. O elenco se reduz a seis personagens, agrupados em três pares. Tal simetria é explorada no libreto e fornece ao compositor &ndash então no auge da criatividade &ndash oportunidades para criar música perfeita nos menores detalhes e de grande variedade imaginativa. Na breve Abertura, após introdução lenta, o andamento rápido imprime o caráter feérico a dominar os dois atos da ação cênica.
Ato I
Dois oficiais, Ferrando e Guglielmo, são noivos de duas irmãs &ndash respectivamente, Dorabella e Fiordiligi. Em um café, eles discutem sobre a fidelidade. Desafiados pelo cético Don Alfonso, aceitam apostar na lealdade de suas noivas, participando de um plano para prová-la. O terceto Una bela serenata fecha a cena com a alegria dos oficiais, certos da vitória. Os clarinetes, em terças sobre as cordas, transportam a cena à casa de Dorabella e Fiordiligi. As irmãs cantam os méritos de seus apaixonados no dueto Ah, guarda sorella, de sentimentalismo propositadamente exagerado. Don Alfonso dá início a seu plano, anunciando-lhes a falsa notícia da recente convocação dos noivos para a guerra.
A ação se desenvolve com formações musicais diversas: quintetos, um dueto para os oficiais, trios e o coro militar. Em Di scrivermi ogni giorno, sobre o fundo dos sarcásticos comentários de Don Alfonso, os namorados se despedem. Ferrando e Guglielmo partem. O fluido trio Soave sia il vento deseja-lhes boa viagem. As noivas estão inconsoláveis. Alfonso, porém, proclama um rancoroso discurso contra a inconstância das mulheres: Quante smorfie! A criada Despina tenta consolar as irmãs. Dorabella extravasa seu sentimento de abandono em Smanie implacabile, cujos efeitos vocais parodiam as habituais árias trágicas. Em contraste, no cômico solo In uomini, in soldati, Despina propõe que as irmãs aproveitem a ausência dos namorados... para namorar.
Alfonso suborna Despina e lhe apresenta Ferrando e Guglielmo, disfarçados de estrangeiros. As irmãs mostram-se indignadas com a presença dos estranhos em casa. Alfonso intervém, saudando-os como grandes amigos. Imediatamente, os estrangeiros iniciam declarações amorosas às noivas trocadas. Fiordiligi declara sua inquebrantável fidelidade &ndash Come scoglio. Trata-se de ária dificílima, que parece zombar da virtuosidade, com largos intervalos, de um extremo a outro da tessitura de soprano. Guglielmo responde com a suavidade de Non siate ritrosi. As noivas não se comovem e se retiram. Diante da demonstração de fidelidade, o romântico Ferrando canta a ária Un&rsquoalra amorosa. Alfonso, que não se dá por vencido, pede a Despina um estratagema para reverter a situação.
Os acontecimentos se complicam e fornecem ao compositor um extenso finale. Os estrangeiros simulam suicídio, tomando um suposto veneno. As noivas se enternecem diante da triste sorte dos agonizantes. O artifício dos disfarces atinge grande comicidade quando Despina, fazendo-se de médico, administra seu onipotente talismã curativo, a pedra de Mesmer. Recuperados, os pseudossuicidas acordam no Olimpo e pedem beijos consoladores às duas deusas. Enfurecidas, as irmãs mandam os dois às favas, no sexteto Dove son?.
Ato II
A virtude das senhoras irrita Despina, que resume sua opinião na ária Una donna a quindici anni &ndash por que não se deixar cortejar? As irmãs concordam em conversar com os dois rapazes. Decisão tomada, cada uma escolhe seu parceiro no dueto Prenderò quel brunettino&ndash Dorabella com Guglielmo Fiordiligi e Ferrando. Os apaixonados oferecem serenata às amadas, Secondate, aurette amiche, dueto de extasiante melodia, com coro. Acanhados, os amigos e as irmãs ficam sem assunto, falando do tempo. Porém, após hesitação, Guglielmo oferece a Dorabella um medalhão em forma de coração, trocando-o pelo que ela trazia com o retrato do noivo Ferrando. No dueto Il coro vi dono, a orquestra simula as palpitações de seus corações apaixonados. Enquanto isso, Fiordiligi e Ferrando continuam relutantes. Ele alterna dúvida e confiança: Ah, lo veggio. E ela expressa seus confusos sentimentos no grande rondó Per pietà, bem mio, cujas assombrosas dificuldades técnicas &ndash é o morceau de bravoure da ópera &ndash refletem os conflitos de sua alma.
Reunião dos estrangeiros para avaliar a situação: Ferrando traz boas notícias &ndash a fidelidade de Fiordiligi alegra-os. Mas ele se desespera quando o companheiro lhe apresenta o medalhão de Dorabella. Para consolar o amigo &ndash e, também, porque se sente culpado &ndash, Guglielmo aconselha-o a não se envolver tanto assim, pois as mulheres sempre maltratam o coração dos homens. A sofisticada verve desta ária, Donne mie, la fate a tanti, lembra a melhor música de câmara mozartiana. Ferrando canta seu desespero na sombria cavatinaTradito, schernito. Alfonso entra em cena e faz um irônico balanço da situação.
Despina elogia a atitude decidida que Dorabella apresenta em sua ária È amore un ladroncello. Fiordiligi, ao contrário, continua sofrendo com a dubiedade dos sentimentos. Em um recurso derradeiro, ela toma a decisão de se disfarçar para encontrar o noivo Guglielmo no campo da guerra. Porém, o estrangeiro Ferrando aparece e, com a beleza avassaladora do dueto Fra gli ampessi, os dois celebram a felicidade da nova união. Os três apostadores se encontram. Os rapazes estão revoltados com a infidelidade das irmãs. Mas Alfonso intervém com seu solo &ndash &ldquonem melhores, nem piores que as outras&rdquo, afirma. E obriga os oficiais a cantarem, juntos, CosÌ fan tutte.
Despina comunica o casamento das patroas com os estrangeiros. O brinde aos noivos E nel tuo, nel mio bicheiro é um engenhoso cânone iniciado por Fiordiligi e acrescido do aparte revoltado de Guglielmo. Despina faz o papel de tabelião, mas a cerimônia é interrompida pela banda militar, que anuncia a volta dos oficiais. Após grande confusão, tudo se resolve com o perdão mútuo. Os amantes estão novamente reunidos &ndash não importa se na forma original ou se na versão estrangeira. O sexteto final celebra a alegria e homenageia quem enfrenta as dificuldades com bom humor.
Os artistas
O maestro Fabio Mechetti
Desde 2008, Fabio Mechetti é Diretor Artístico e Regente Titular da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais. Com seu trabalho, Mechetti posicionou a orquestra mineira nos cenários nacional e internacional e conquistou vários prêmios. Com ela, realizou turnês pelo Uruguai e Argentina e realizou gravações para o selo Naxos. Natural de São Paulo, Fabio Mechetti serviu recentemente como Regente Principal da Orquestra Filarmônica da Malásia, tornando-se o primeiro regente brasileiro a ser titular de uma orquestra asiática. Depois de quatorze anos à frente da Orquestra Sinfônica de Jacksonville, Estados Unidos, atualmente é seu Regente Titular Emérito. Foi também Regente Titular da Sinfônica de Syracuse e da Sinfônica de Spokane. Desta última é, agora, Regente Emérito. Foi regente associado de Mstislav Rostropovich na Orquestra Sinfônica Nacional de Washington e com ela dirigiu concertos no Kennedy Center e no Capitólio norte-americano. Da Orquestra Sinfônica de San Diego, foi Regente Residente. Fez sua estreia no Carnegie Hall de Nova York conduzindo a Orquestra Sinfônica de Nova Jersey e tem dirigido inúmeras orquestras norte-americanas, como as de Seattle, Buffalo, Utah, Rochester, Phoenix, Columbus, entre outras. É convidado frequente dos festivais de verão nos Estados Unidos, entre eles os de Grant Park em Chicago e Chautauqua em Nova York.
Realizou diversos concertos no México, Espanha e Venezuela. No Japão dirigiu as orquestras sinfônicas de Tóquio, Sapporo e Hiroshima. Regeu também a Orquestra Sinfônica da BBC da Escócia, a Orquestra da Rádio e TV Espanhola em Madrid, a Filarmônica de Auckland, Nova Zelândia, e a Orquestra Sinfônica de Quebec, Canadá. Vencedor do Concurso Internacional de Regência Nicolai Malko, na Dinamarca, Mechetti dirige regularmente na Escandinávia, particularmente a Orquestra da Rádio Dinamarquesa e a de Helsingborg, Suécia. Recentemente fez sua estreia na Finlândia, dirigindo a Filarmônica de Tampere, e na Itália, dirigindo a Orquestra Sinfônica de Roma. Em 2016 fará sua estreia com a Filarmônica de Odense, na Dinamarca.
Igualmente aclamado como regente de ópera, estreou nos Estados Unidos dirigindo a Ópera de Washington. No seu repertório destacam-se produções de Tosca, Turandot, Carmem, Don Giovanni, Così fan tutte, La Bohème, Madame Butterfly, O barbeiro de Sevilha,La Traviata e Otello. Fabio Mechetti recebeu títulos de mestrado em Regência e em Composição pela prestigiosa Juilliard School de Nova York.
Marina Mora, diretora de cena
Marina Mora nasceu em Buenos Aires, Argentina, onde formou-se em Pedagogia, Educação, Música, Dança e Interpretação, realizando posteriormente a licenciatura em Artes Cênicas no Instituto Universitário Nacional de Arte. Depois de várias experiências como atriz, no teatro e no cinema, estuda direção teatral com Ianni e com Szuchmacher. Em seguida, ingressa no Instituto Superior de Arte do Teatro Colón para cursar direção cênica de ópera. Paralelamente, começa uma grande atividade como assistente de direção, gerente de palco e coordenadora de produção artístico-técnica no Teatro Colón, Teatro Municipal de Santiago do Chile, Teatro de La Plata, Teatro Calderón de Valladolid, Teatro de La Zarzuela e no Auditório Nacional, México, período em que encenou diversas óperas.
Gabriella Pace, soprano
Vencedora do Prêmio Carlos Gomes 2010 pela participação na ópera A Menina das Nuvens, Gabriella Pace já cantou sob a regência de maestros como Lorin Maazel, Isaac Karabtchevsky, John Neschling, Roberto Minczuk, Rodolfo Fischer, Luiz Fernando Malheiros, Fabio Mechetti, Sílvio Viegas e Abel Rocha. Foi Ilia em Idomeneo, Eurídice em Orfeo ed Euridice, Giulietta em I Capuleti e i Montecchi, Susanna em As Bodas de Fígaro, Ceci em Il Guarany e Pamina em A Flauta Mágica, dentre muitas outras. Desde 2005 faz parte do trio Duetos e Canções, ao lado do pianista Gilberto Tinetti e da mezzo-soprano Adriana Clis, apresentando-se em recitais de música de câmara por todo o país. Gabriella iniciou os estudos com o pai, Héctor Pace, e foi aluna de Leilah Farah e Pier Miranda Ferraro.
Luisa Francesconi, mezzo-soprano
Luisa Francesconi tem excepcional capacidade para a execução de coloratura, destacando-se no repertório rossiniano e mozartiano ao interpretar papéis em óperas como Il Barbiere di Siviglia, L&rsquoItaliana in Algeri, Così fan tutte e Don Giovanni. Ela canta com frequência nos principais teatros brasileiros e italianos e tem se apresentado regularmente também em Portugal. Seu repertório de concerto é vasto, com atuações marcantes em obras como o Requiem e a Missa da Coroação de Mozart o Messias de Haendel a Missa em Dó maior e aFantasia Coral de Beethoven as sinfonias números 2, 3 e 8 de Mahler e Floresta do Amazonas de Villa-Lobos. Luisa gravou como solista na Nona de Beethoven e no Requiem Hebraico de Erich Zeisl, lançadas em CD pelo selo Biscoito Fino.
Carla Cottini, soprano
Vencedora do Prêmio Revelação no 10º Concurso de Canto Maria Callas da cidade de Jacareí, em 2011, Carla Cottini tem se destacado por integrar em suas performances apurada técnica, belo timbre e marcante presença cênica. Estreou no Theatro Municipal de São Paulo em dezembro de 2011 como Ida em O Morcego e como Musetta em La Bohème, com a Sinfônica do Sergipe. Em 2012 cantou a estreia mundial da Fantasia Gabriela de André Mehmari, escrita por encomenda da Sinfônica da Bahia para as comemorações do centenário de Jorge Amado. Foi Zerlina no Theatro Municipal de São Paulo, na produção de Don Giovanni dirigida por Pier Francesco Maestrini. Em Valencia, Espanha, debutou como Susanna em Le Nozze di Figaro. Em 2015 foi Norina em Don Pasquale, no Teatro Sociale di Rovigo, Itália. Além de sua dedicação ao canto lírico, Cottini tem formação em artes cênicas, jazz dance e balé clássico. A cantora é Mestre em interpretação operística no Conservatório Superior de Música Joaquín Rodrigo de Valencia, Espanha, sob orientação de Ana Luisa Chova. Tem como tutora a soprano Eliane Coelho.
Andrew Owens, tenor
Vencedor do prêmio Zarzuela no Concurso Internacional de Canto Tenor Viñas de 2015, Andrew Owens conquistou rapidamente um lugar entre os mais promissores cantores de sua geração. Recentemente, fez sua estreia como o Conde de Leicester em Maria Stuarda, de Donizette, na Ópera de Seattle. Owens graduou-se pelo Junges Ensemble do Theater an der Wien, onde representou diversos papéis, dentre eles Rodolfo em La Bohème, Erster Gefangener em Fidelio, Tito em A Clemência de Tito (Orquestra de Câmara) e Gastone em La Traviata. Foi ainda Ferrando em Così fan tutte no Festival de Salzburgo, e Borsa em Rigoletto na Ópera de Virgínia, para citar apenas dois de seus compromissos recentes. Recebeu o prêmio da Fundação Marilyn Horne o primeiro lugar com honras na Competição Mario Lanza para Tenores em Nova York e Filadélfia e o Prêmio para Artistas Aprendizes Henwood Richards da Central City Opera.
Leonardo Neiva, barítono
Nascido em Brasília, o conceituado barítono Leonardo Neiva é conhecido por sua desenvoltura cênica e versatilidade vocal. Foi revelado aos 23 anos ao ser Fígaro em O barbeiro de Sevilha, de Rossini, e, desde então, é convidado para apresentar-se em teatros do Brasil e do exterior. Leonardo foi muito elogiado pela crítica especializada ao representar o papel de Ford em Falstaff, de Verdi, junto à Osesp na Sala São Paulo. Outros papéis de destaque são Kurwenal em Tristão e Isolda de Wagner no Festival Amazonas de Ópera, e Zurga da óperaLes Pêcheurs de Perles de Bizet no Teatro Municipal de Santiago, no Chile. Integrou o elenco de Carmina Burana de Carl Orff no Teatro Nacional de São Carlos, em Lisboa, e de Rienzi de Wagner no Théâtre du Capitole, na cidade francesa de Toulouse. Apresentou-se também em recitais e concertos na Itália, Espanha, Portugal, Colômbia e EUA. Gravou em 2010 o álbum Clamores, com canções de música contemporânea do compositor Jorge Antunes.
Licio Bruno, baixo-barítono
O sucesso e amplitude da carreira de Licio Bruno são notáveis entre os cantores brasileiros por suas atuações em ópera, música sinfônica, de câmara e teatro aqui e também no exterior. Aperfeiçoou-se na Academia Franz Liszt, Budapeste, e foi membro da Ópera Estatal Húngara. Já cantou na Itália, Espanha, Alemanha, Suíça, Colômbia e Argentina. No Brasil, com mais de cinquenta personagens em óperas de diferentes autores, períodos e estilos, os teatros de ópera e salas de concerto são sua casa. Já foi dirigido por Amir Haddad, Jorge Takla, Gianni Rato, Werner Herzog, Hugo de Anna, Aidan Lang, entre outros. Cantou com diversos maestros, entre os quais Lorin Maazel e Isaac Karabtchevsky, das paixões de Bach até Beethoven, Kodály, Stravinsky e Britten, bem como ciclos de Schubert, Mahler, Ravel e Poulenc, entre outros. Licio Bruno é detentor de mais de dez primeiros prêmios em concursos nacionais e estrangeiros e recebeu, em 2004, o Prêmio Carlos Gomes de Melhor Cantor Erudito.
Sobre a Orquestra Filarmônica de Minas Gerais
Criada em 2008, a Orquestra Filarmônica de Minas Gerais tornou-se um dos mais bem-sucedidos programas continuados no campo da música erudita, tanto em Minas Gerais como no Brasil. Sob a direção artística e regência titular de Fabio Mechetti, a Orquestra é atualmente formada por 92 músicos provenientes de todo o Brasil, Europa, Ásia, Américas Central, do Norte e Oceania, selecionados por um rigoroso processo de audição. Reconhecida com prêmios culturais e de desenvolvimento econômico, desde sua criação e até julho de 2016, a Orquestra realizou 600 concertos, com a execução de 915 obras sinfônicas e de câmara, de 77 compositores brasileiros e 150 estrangeiros, para mais de 774 mil pessoas, sendo que 40% do público pôde assistir às apresentações gratuitamente. O impacto desse projeto artístico durante os anos também pode ser medido pela geração de 60 mil oportunidades de trabalho direto e indireto.
O corpo artístico Orquestra Filarmônica de Minas Gerais é oriundo de política pública formulada pelo Governo do Estado de Minas Gerais. Com a finalidade de criar a nova orquestra para o Estado, o Governo optou pela execução dessa política por meio de parceria com o Instituto Cultural Filarmônica, uma entidade privada sem fins lucrativos qualificada com o título de Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip). Tal escolha objetivou um modelo de gestão flexível e dinâmico, baseado no acompanhamento e avaliação de resultados. Um Termo de Parceria foi celebrado como instrumento que rege essa relação entre o Estado e a Oscip, contendo a definição das atividades e metas, bem como o orçamento necessário à sua execução.
Programação
A partir de 2015, quando a Orquestra passou a se apresentar na Sala Minas Gerais, sua programação foi intensificada. De 24, saltou para 57 concertos por assinatura, sempre com convidados da cena sinfônica mundial. Em 2016, estreiam com a Orquestra os regentes convidados Justin Brown e Dorian Wilson, além dos solistas Luis Ascot, Gabriela Montero, Clélia Iruzun, Antti Siirala, Lara St. John e Ji Young Lim. O público também terá a oportunidade de rever grandes músicos, como os regentes Rodolfo Fischer, Carl St. Clair, Marcelo Lehninger, Carlos Miguel Prieto e Cláudio Cruz, e os solistas Celina Szrvinsk, Miguel Rosselini, Barry Douglas, Angela Cheng, Arnaldo Cohen, Conrad Tao, Natasha Paremski, Cristina Ortiz, Luíz Filíp, Vadim Gluzman, Asier Polo, Leonard Elschenbroich, Fábio Zanon, Denise de Freitas e Fernando Portari.
A Filarmônica também desenvolve projetos dedicados à democratização do acesso à música clássica de qualidade. São turnês em cidades do interior do estado, concertos para formação de público, apresentações de grupos de câmara, bem como iniciativas de estímulo à profissionalização do setor no Brasil &ndash o Festival Tinta Fresca, dedicado a compositores, e o Laboratório de Regência, destinado ao aprimoramento de jovens regentes. Já foram realizadas 85 apresentações em cidades mineiras e 30 concertos em praças públicas e parques da Região Metropolitana de Belo Horizonte, mobilizando um público de 285 mil pessoas. Mais de 70 mil estudantes e trabalhadores tiveram a oportunidade de aprender um pouco sobre obras sinfônicas, contexto histórico musical e os instrumentos de uma orquestra, participando de concertos didáticos.
O nome e o compromisso de Minas Gerais com a arte e a qualidade foram levados a 15 festivais nacionais, a 32 apresentações em turnês pelas cinco regiões brasileiras, bem como a cinco apresentações internacionais, em cidades da Argentina e do Uruguai.
A Filarmônica tem aberto outras frentes de trabalho, como a gravação da trilha sonora do espetáculo comemorativo dos 40 anos do Grupo Corpo, Dança Sinfônica (2015), criada pelo músico Marco Antônio Guimarães (Uakti). Com o Giramundo Teatro de Bonecos, realizou o conto musical Pedro e o Lobo (2014), de Sergei Prokofiev. Comercialmente, a Orquestra já lançou um álbum com a Sinfonia nº 9, &ldquoA Grande&rdquo de Schubert (distribuído pela Sonhos e Sons) e outros três discos com obras de Villa-Lobos para o selo internacional Naxos.
Prêmios
Reconhecida e elogiada pelo público e pela crítica especializada, em 2016 a Filarmônica e o maestro Mechetti receberam o Troféu JK de Cultura e Desenvolvimento de Minas Gerais. A Orquestra, em conjunto com a Sala Minas Gerais, recebeu o Grande Prêmio Concerto 2015. Ainda em 2015, o maestro Fabio Mechetti recebeu o Prêmio Minas Gerais de Desenvolvimento Econômico. Em 2012, a Filarmônica foi reconhecida com o Prêmio Carlos Gomes de melhor orquestra do Brasil e, em 2010, com o Prêmio APCA (Associação Paulista de Críticos de Artes) de melhor grupo musical erudito. No ano de 2009, Fabio Mechetti recebeu o Prêmio Carlos Gomes de melhor regente brasileiro por seu trabalho à frente da Filarmônica.
O Instituto Cultural Filarmônica recebeu dois prêmios dentro do segmento de gestão de excelência. Em 2013, concedido pela Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão de Minas Gerais, em parceria com o Instituto Qualidade Minas (IQM), e em 2010, conferido pela Fundação Instituto de Administração da Universidade de São Paulo (USP). Na área de Comunicação, foi reconhecido com o prêmio Minas de Comunicação (2012), na 10ª Bienal Brasileira de Design Gráfico (2013) e na 14ª Bienal Interamericana de Design, ocorrida em Madri, Espanha (2014).
SERVIÇO
Série Fora de Série - Mozart
20 de agosto &ndash 18h (ingressos esgotados)
21 de agosto &ndash 18h &ndash (sessão extra)
Sala Minas Gerais
Fabio Mechetti, regente
Marina Mora, diretora de cena
Gabriella Pace, soprano
Luisa Francesconi, mezzo-soprano
Carla Cottini, soprano
Andrew Owens, tenor
Leonardo Neiva, barítono
Licio Bruno, baixo-barítono
MOZART Così fan tutte
Ingressos: R$ 34,00 (Balcão Palco e Coro), R$ 44,00 (Mezanino), R$ 56,00 (Balcão Lateral), R$78,00 (Plateia Central) e R$98,00 (Balcão Principal).
Meia-entrada para estudantes, maiores de 60 anos, jovens de baixa renda e pessoas com deficiência, de acordo com a legislação.
Informações: (31) 3219-9000 ou www.filarmonica.art.br
Funcionamento da bilheteria:
Sala Minas Gerais &ndash Rua Tenente Brito Melo, 1090 - Bairro Barro Preto
De terça-feira a sexta-feira, das 12h às 21h.
Aos sábados, das 12h às 18h.
Em sábados de concerto, das 12h às 21h.
Em domingos de concerto, das 9h às 13h.
São aceitos cartões com as bandeiras Amex, Aura, Redecard, Diners, Elo, Hipercard, Mastercard, Redeshop, Visa e Visa Electron.
https://www.filarmonica.art.br/