"Armas apontadas para mim/ Pessoas me agredindo na rua/ Me assediando na rua/ Meu sangue escorre por entre as veias/ Minha mãe e meu pai me aceitam e eu venho para o carnaval/ As pessoas me olham e me estranham/ Me agridem/ A homofobia me vê e me olha, mas meu corpo está na rua, com o Magnólia/ Chega de homofobia/ Queremos amor, queremos simpatia", disse o artista, para aplausos dos desfilantes.
Segundo o organizador do Magnólia, Iberê Sansara, o bloco surgiu para encampar temas ligados à representatividade. "A gente levanta a bandeira da diversidade, a bandeira do respeito às diferenças e do respeito às origens da música negra e do corpo negro", afirmou.
Fotos: Bloco 'Magnólia' leva jazz e blues ao carnaval de BH
A direção do bloco espera público próximo a 20 mil pessoas. "Chegamos a estimar 50 mil, mas se chegar a esse número vai ficar desconfortável para quem for assistir, porque o intuito do bloco é escutar a música e ver a dança", explicou Iberê.
O "Magnólia" desfila pelo Caiçara desde 2014. O bloco carrega o nome da rua que sediava a concentração. O crescimento da festa, porém, fez o início do cortejo ser transferido para a Américo Vespúcio.
Além dos tradicionais percussionistas que compõem a bateria, o bloco tem uma ala de músicos responsáveis por instrumentos de sopro, como o saxofone e o clarinete.