Sem ir às ruas desde 2020, os foliões do bloco "Quando Come se Lambuza" aproveita o primeiro carnaval "oficial" desde o início da pandemia de COVID-19 para homenagear a cantora Marília Mendonça, morta em um acidente de avião em novembro de 2021. A artista é o fio condutor do desfile da entidade carnavalesca neste sábado (18/2), na Praça Sete, em Belo Horizonte.



A anfitriã do bloco, Nath Diniz, crê que a reverência a Marília Mendonça é fácil de ser explicada. "Estar vivendo isso aqui tudo de novo é um sonho. Tinha que ser com alguém que está no coração do povo; e o povo está na rua de novo", diz.

Conhecido pela sigla "QCSL", o bloco se pauta por outra junção de letras: MPB. Engana-se, porém, quem pensa se tratar da expressão Música Popular Brasileira. A ideia dos organizadores do cortejo é exaltar a "Música PraPular Brasileira". No trio elétrico, canções dos mais variados gêneros e estilos nacionais. Os acordes de todas as músicas, no entanto, são adaptados para o pagode e o axé.

Mesmo as "sofrências" características do repertório de Marília Mendonça ganharam arranjos carnavalescos. "Não tinha outra pessoa para a gente escolher. Essa mulher é uma rainha. É eterna e vive no coração do povo", festeja Nath Diniz.




Influencers se misturam a um 'mar de gente'


O cortejo do 'Quando Come se Lambuza' lotou a Praça Sete. Em meio aos rostos anônimos da Festa de Momo, influencers escolheram o bloco para sentir o clima do carnaval belo-horizontino, que deve ter cerca de 5 milhões de foliões neste ano.

"Muito feliz porque o carnaval de BH voltou. Depois de dois anos estamos de volta", disse a youtuber belo-horizontina Dani Diz.

Quem também marcou presença foi o ator João Guilherme, que mandou às favas o cardápio dos dias convencionais e, nas próprias palavras, resolveu beber vinho já "às 9h da manhã".

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