Pessoas com deficiência festejam dentro da corda no Bloco Então Brilha
Carnaval inclusivo permite que pessoas com deficiência (PCD) caiam na folia com segurança; bloco Então, Brilha abre ala da bateria para receber esse público
Por Clara Muniz e Silvia Pires "É muito inclusivo, protetivo. Apesar dessas mil pessoas, eu me sinto muito seguro". O depoimento é do médico Renato Diniz Silveira, de 56 anos, que vai fazer o seu sexto desfile junto ao bloco Então, Brilha, um dos mais tradicionais da capitla. Ele e outras centenas de foliões madrugaram para curtir o desfile na manhã deste sábado (18/2).
Em uma ala dentro da corda que separa a banda do público, ele e outras pessoas com mobilidade reduzida festejam em segurança. "O bloco é sensacional. Eles me colocam rapidamente dentro da corda. Às vezes eu até ajudo outras pessoas que estão chegando", elogia.
Após dois anos sem festa, por causa da pandemia de COVID-19, Renato celebra a volta do Carnaval de rua e reforça o tema do Então, Brilha neste ano: "Sol da Justiça". "É uma tentativa de termos mais liberdade, mais arte, na rua acessível e para todo mundo", declara.