Paula Lavigne, mulher de Caetano Veloso, quebrou o silêncio e falou sobre as duas ações trabalhistas movidas por sua ex-governanta Edna Santos, que pede R$ 2,6 milhões de indenização, após 22 dois anos de serviços prestados ao casal.




Ao colunista Guilherme Amado, do portal Metrópoles, em publicação neste domingo (26/05), a empresária disse que não vai expor a ex-funcionária, que a acusa de assédio moral, acúmulo de funções e falta de pagamento de horas extras de trabalho.

 

"São fatos muito graves, que estão sob investigação policial e, também, são objeto de ações judiciais (…) Ela (Lavigne) não vai expor a ex-funcionária pela mídia com revelações e narrativas que devem ser apresentadas apenas ao Judiciário", diz o texto enviado à publicação pela equipe jurídica da esposa do cantor e compositor.

 

Paula ainda disse ter "grande tristeza" pela forma como se encerrou a relação de trabalho com Edna e "prefere deixar que a Justiça julgue e decida sobre o caso".




 

Vale destacar, que a ex-governanta é a mesma que foi homenageada por Lavigne durante o Angélica: 50 e Tanto, o especial de aniversário da apresentadora. Em determinado momento, Angélica pede que cada uma de suas convidadas ligue para uma mulher que admira e declara esse sentimento. A escolhida de Paula Lavigne foi Edna Santos.

 

No entanto, enquanto Ivete Sangalo, Giovanna Ewbank e Carolina Dieckmann foram às lágrimas em seus respectivos telefonemas, Paula Lavigne iniciou a conversa repassando tarefas domésticas. "Edna, a água chegou? Caetano comeu?", iniciou ela ao telefone.

 

"A água não chegou porque o cara cancelou e marcou para amanhã 10h, e o Caetano comeu mingau", respondeu a governanta na ocasião. Na sequência, Paula dispara: "Tá, Edna, só para dizer que eu te admiro muito, tá?".




 

O gesto inesperado deixou Edna Santos sem entender o que estava acontecendo. "Tá. O que aconteceu?", indagou ela, mostrando claro estranhamento à declaração inesperada da patroa. Na sequência, Paula Lavigne então explicou o que estava acontecendo: "Pediram [aqui no programa] para eu ligar pra uma pessoa que eu admirasse. Você sabe que pode contar comigo, né, Edna?".

Indenização milionária

Caetano Veloso e Paula Lavigne estão sendo processados pela ex-governanta. Após ter sido demitida, Edna Santos entrou com duas ações trabalhistas na Justiça do Rio de Janeiro contra o cantor e compositor e sua empresária e esposa.

De acordo com as informações do colunista Sérgio Quintella, da revista Veja SP, na ação, ela afirma que trabalhou para o casal por 22 anos e teria sido acusada de furto de bebidas, hospedagem clandestina na casa dos patrões e uso para fins pessoais de um veículo do músico antes de ser dispensada.




 

No processo, a defesa da funcionária afirma que o casal terão que provar as acusações que resultaram em demissão por justa causa. "Os réus deverão indenizar Edna pelas violações aos direitos de sua personalidade, tais como a honra, a intimidade e a imagem, matéria que será abordada em ação própria", destaca.

 

Edna recebia R$4,8 mil mensais - sendo R$ 2 mil deles "por fora". Por isso, ela cobra R$ 2,6 milhões de indenização, divididos entre adicional noturno, acúmulo de funções, horas extras, incorporação de remuneração, entre outros.

 

A defesa também pede ressarcimento por um aparelho telefônico que foi supostamente confiscado por Paula três dias antes da demissão. "No aparelho se encontram documentos particulares (arquivos de áudio, imagens, registros de conversas em aplicativos de mensagens, etc) que, caso venham aos autos, poderão, ao menos tese, comprovar a jornada de trabalho excessiva praticada, o regime de sobreaviso, o acúmulo de funções e o assédio moral praticado pela ré em desfavor da reclamante, além de elementos que poderão descaracterizar a justa causa aplicada pelos réus", alega.




 

Em outra ação, a ex-governanta afirma que morava em um apartamento do casal com os filhos, sem custos. Por conta da demissão, ela foi avisada pelo celular do filho que precisaria desocupar o local imediatamente. No entanto, ela teve a chance de ficar no imóvel por 30 dias.

 

Além disso, Paula Lavigne solicitou que uma arquiteta avaliasse a residência, mas a defesa pediu para que a solicitação fosse negada. "A primeira ré (Paula) é uma pessoa bastante instável, por assim dizer, dada a rompantes que podem resultar no confisco de um bem alheio, como ocorreu com o telefone celular, conforme já se narrou, ou até mesmo na expulsão sumária da reclamante do imóvel, ameaça que já fora dirigida à reclamante anteriormente", afirmam os advogados.

 

Em nota publicada nas redes sociais, a defesa de Edna Santos alega que ela passou por anos de abuso psicológico. "Edna é uma mulher periférica e de origem humilde, não tem influência cultural e política como a parte adversa. Em razão disso, fazemos esclarecimentos para que não se dê a entender que Edna teria furtado qualquer coisa nos 22 anos em que trabalhou na casa de Paula Lavigne e Caetano Veloso", inicia a advogada.




 

"Edna é, na verdade, vítima de Paula Lavigne. Durante os 22 anos em que trabalhou na residência do casal, Edna foi submetida a um padrão sistemático de abusos psicológicos e morais, fatos que ainda serão levados ao conhecimento do Judiciário Trabalhista em momento oportuno", afirma.

 

"Na tentativa de provar sua inocência, Edna entregou para Paula, no âmbito da investigação privada que ela iniciou, extratos bancários dos últimos 7 anos para demonstrar que todo o dinheiro que tinha era fruto do seu trabalho", aponta. Até o fechamaneto desta matéria, Caetano e Paula não se pronunciaram sobre o assunto.

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