Caetano Veloso e Paula Lavigne estão sendo processados pela ex-governanta. Após ter sido demitida, Edna Santos entrou com duas ações trabalhistas na Justiça do Rio de Janeiro contra o cantor e compositor e sua empresária e esposa.




De acordo com as informações do colunista Sérgio Quintella, da revista Veja SP, na ação, ela afirma que trabalhou para o casal por 22 anos e teria sido acusada de furto de bebidas, hospedagem clandestina na casa dos patrões e uso para fins pessoais de um veículo do músico antes de ser dispensada.

 

No processo, a defesa da funcionária afirma que o casal terão que provar as acusações que resultaram em demissão por justa causa. "Os réus deverão indenizar Edna pelas violações aos direitos de sua personalidade, tais como a honra, a intimidade e a imagem, matéria que será abordada em ação própria", destaca.

 

Edna recebia R$4,8 mil mensais - sendo R$ 2 mil deles "por fora". Por isso, ela cobra R$ 2,6 milhões de indenização, divididos entre adicional noturno, acúmulo de funções, horas extras, incorporação de remuneração, entre outros.




 

A defesa também pede ressarcimento por um aparelho telefônico que foi supostamente confiscado por Paula três dias antes da demissão. "No aparelho se encontram documentos particulares (arquivos de áudio, imagens, registros de conversas em aplicativos de mensagens, etc) que, caso venham aos autos, poderão, ao menos tese, comprovar a jornada de trabalho excessiva praticada, o regime de sobreaviso, o acúmulo de funções e o assédio moral praticado pela ré em desfavor da reclamante, além de elementos que poderão descaracterizar a justa causa aplicada pelos réus", alega.

 

Em outra ação, a ex-governanta afirma que morava em um apartamento do casal com os filhos, sem custos. Por conta da demissão, ela foi avisada pelo celular do filho que precisaria desocupar o local imediatamente. No entanto, ela teve a chance de ficar no imóvel por 30 dias.

 

Além disso, Paula Lavigne solicitou que uma arquiteta avaliasse a residência, mas a defesa pediu para que a solicitação fosse negada. "A primeira ré (Paula) é uma pessoa bastante instável, por assim dizer, dada a rompantes que podem resultar no confisco de um bem alheio, como ocorreu com o telefone celular, conforme já se narrou, ou até mesmo na expulsão sumária da reclamante do imóvel, ameaça que já fora dirigida à reclamante anteriormente", afirmam os advogados.




 

Em nota publicada nas redes sociais, a defesa de Edna Santos alega que ela passou por anos de abuso psicológico. "Edna é uma mulher periférica e de origem humilde, não tem influência cultural e política como a parte adversa. Em razão disso, fazemos esclarecimentos para que não se dê a entender que Edna teria furtado qualquer coisa nos 22 anos em que trabalhou na casa de Paula Lavigne e Caetano Veloso", inicia a advogada.

 

"Edna é, na verdade, vítima de Paula Lavigne. Durante os 22 anos em que trabalhou na residência do casal, Edna foi submetida a um padrão sistemático de abusos psicológicos e morais, fatos que ainda serão levados ao conhecimento do Judiciário Trabalhista em momento oportuno", afirma.

 

"Na tentativa de provar sua inocência, Edna entregou para Paula, no âmbito da investigação privada que ela iniciou, extratos bancários dos últimos 7 anos para demonstrar que todo o dinheiro que tinha era fruto do seu trabalho", aponta. Até o fechamaneto desta matéria, Caetano e Paula não se pronunciaram sobre o assunto.

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