Após apoiar Jair Messias Bolsonaro (PL) em sua tentativa de reeleição nas últimas eleições, o apresentador de TV e ex-deputado Carlos Roberto Massa, o Ratinho desejou que o presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) faça um bom governo e afirmou que é hora descer do palanque e trabalhar pelo Brasil.




"Acabou o jogo, as torcidas têm que ir para casa tocar a vida. Nós estamos no palanque, toda hora Lula falando de Bolsonaro, toda hora Bolsonaro falando de Lula. Pare. Vamos parar, vamos trabalhar pelo Brasil", afirmou o comunicador em entrevista exclusiva ao jornal Folha de São Paulo, diretamente de Orlando, nos Estados Unidos, região onde o ex-presidente também está hospedado há quase um mês.

 

Bolsonaro e Ratinho são próximos e foram eleitos juntos para a Câmara em 1990. Ao contrário do ex-militar, o apresentador cumpriu apenas um mandato e deixou a política em 1994. Vale destacar, que o pai do governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), protagonizou uma série de polêmicas durante o período eleitoral. Na oportunidade, chegou a usar a expressão "a quadrilha se juntou de novo", referindo-se aos que compuseram a frente para eleger Lula.

 

Ratinho também defendeu um golpe militar, em 2011. "Eu sei que o que vou falar aqui pode até chocar, mas está na hora de fazer igual fez em Singapura. Entrou um general, consertou o país e, um ano depois, fez eleições. Mas primeiro consertou, chamou todos denunciados e disse: 'Vocês têm 24 horas para deixar o país ou serão fuzilados'. Limpou Singapura", disse.




 

Agora, porém, o comunicador apontou que é preciso "torcer para o Brasil" e que está à disposição do petista para conversar. "Nós estamos no mesmo navio. Eu não quero que o Lula seja um mau presidente, quero que seja um bom presidente", destacou.

 

Por fim, também negou que seja bolsonarista, mas admitiu que continua achando que o ex-chefe de Estado era a melhor opção para o Brasil, pois entregou um país melhor do que encontrou, sobretudo na área da economia.

"Não sou bolsonarista, sou de centro-direita. Coincidiu de o Bolsonaro ser o candidato mais forte da centro-direita, da direita, sei lá. Coincidiu, mas eu não sou fanático, concordar com 100% do que ele faz? Não concordo".

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