A autora Gloria Perez usou as redes sociais para manifestar indignação com o fato de a Justiça ter revogado a prisão preventiva da professora Monique Medeiros da Costa e Silva, ré por torturas e homicídio contra o filho, Henry Borel Medeiros, que tinha 4 anos quando foi morto, em março do ano passado.




Monique Medeiros deixou o Instituto Penal Santo Expedito, em Bangu, na Zona Oeste do Rio de Janeiro na última segunda-feira (29/08) após decisão do ministro João Otávio de Noronha, do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Ao lado do ex-companheiro, Jairo Souza Santos Júnior, o ex-vereador Jairinho também é réu no crime, porém permanece preso desde abril passado.

 

"Um juiz revogou a prisão preventiva e mandou soltar Monique. Toda a minha solidariedade ao Leniel Borel (pai de Henry) . Dói, dói na alma ver a acusada livre, leve e solta, enquanto o pequeno Henry nunca mais voltará pra casa. Está morto", desabafou Perez, por meio do Instagram.

 

Leniel Borel, pai de Henry, agradeceu o apoio da novelista e afirmou que está tomando providências para recorrer da decisão. "Gloria Perez, gratidão pelo apoio e compartilhamento do pedido de justiça pelo nosso Henry Borel. Você é um exemplo mãe, de luta, de resiliência diante de tantos obstáculos na luta por justiça. Precisa ter muita força e coragem, para transformar a maior dor do mundo em luta. Um exemplo a ser seguido por todos nós, que estamos inconformados com a impunidade e com as brechas da justiça que favorecem os criminosos", iniciou.




 

"Parabéns por fazer a diferença nesta sociedade e angariar mais de 1 milhão de assinaturas do povo (...) conseguindo a inclusão do homicídio na Lei dos Crimes Hediondos. Lutaremos até o fim de nossas vidas por justiça neste país, mas ela precisa ser aplicada e não limitada ao papel. O limite da justiça é a lei!", acrescentou.

 

"Obrigado pelo seu legado eterno em prol da sociedade, em prol da justiça pelas vítimas de assassinato, assim como o legado do Henry em prol das crianças do Brasil! Nenhuma criança deveria sofrer, assim como nenhum pai merece perder o seu filho! Que nenhuma vítima mais precise morrer, para ter mudanças em nosso Sistema Judiciário", finalizou.

 

Vale destacar, que em 1992, após o assassinato da filha Daniella Perez (1970-1992) pelo ator Guilherme de Pádua e sua então mulher, PaulaThomaz, crime que chocou o país e a TV brasileira, Gloria Perez conseguiu promover — por meio de uma petição que reuniu 1,3 milhão de assinaturas em três meses — a mudança na Lei de Crimes Hediondos no Brasil. A luta foi para incluir o homicídio qualificado no rol daqueles delitos em que a prisão é imediata e não se admite pagamento de fiança. Mesmo após a aprovação, nada mudou na sentença de Pádua e Thomaz. 

 

Confira, abaixo, o post:

compartilhe