Um ano e oito meses após o inÃcio da vacinação contra a Covid-19 no Brasil, o presidente da República Jair Messias Bolsonaro (PL) assumiu, em entrevista ao podcast Flow na última segunda-feira (08/08), não ter tomado o imunizante.
Durante o bate-papo, o parlamentar também revelou que recebeu orientações da equipe de campanha para evitar o assunto, pois poderia perder eleitores, mas disse não se importar e que prefere dizer, segundo ele "a verdade".
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Ao falar sobre a pandemia, Bolsonaro disse que "não obrigou ninguém a tomar a vacina" respeitando a "liberdade" de cada um. O apresentador Igor Rodrigues Coelho questionou o presidente se ele havia recebido a vacina. Vale destacar, que o titular do Palácio do Planalto colocou sigilo de cem anos em sua carteira de vacinação.
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"Todas as ações que você toma elas repercutem no Brasil em forma de influência. Não sei se o senhor tomou a vacina…", disse Igor, e o polÃtico respondeu: "Não tomei [a vacina]. Posso enganar a você, não vou enganar a mim".
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"O que que interessa? Eu comprei vacina para todo mundo. 500 milhões de doses. Agora respeitem quem não quer tomar vacina", acrescentou.
"O pessoal me recomenda: 'Não toque nesse assunto'. Poxa, eu tenho que falar a verdade para o pessoal. Não quer votar mais em mim, lamento, né, posso fazer o quê? Eu tenho que falar a verdade".
Apesar das crÃticas, o chefe de Estado disse que as doses dos imunizantes seguirão sendo disponibilizadas. "Tem gente que quer tomar a terceira, quarta dose. Sem problema nenhum, enquanto quiser tomar, vamos dar a vacina. Agora, respeite quem não quer tomar a vacina", destacou.
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Sobre o kit Covid, que ele tanto defendeu ao longo da pandemia, agora ele indicou uma mudança de postura."Pode ser [que não tenha eficácia], mas isso se chama liberdade médica. Autonomia médica, que foi também castrada essa questão. […] Nunca falei que tinha [comprovação cientÃfica]. […] Você tem que ter liberdade, meu Deus do céu", afimou.