Os ouvintes do podcast A Mulher da Casa Abandonada, da Folha de S. Paulo, podem comemorar, porque ele ganhará um episódio extra. Depois da entrevista com Margarida Bonetti no episódio 7, divulgado nesta quarta-feira (20/07), o jornalista Chico Felitti, que idealizou o podcast que investiga o crime bárbaro cometido por Margarida e o marido, Renê Bonetti, decidiu lançar um episódio extra.
A informação foi revelada por Felitti em entrevista ao podcast Me Conte uma Fofoca. Ele adiantou que o capÃtulo bônus trará informações adicionais da história, que surgiram quando os outros episódios já estavam finalizados. Mas além disso, o podcast não ganhará nova temporada e nem um paralelo sobre as irmãs Bonetti.
"Não tem possibilidade de spin-off. A história é essa e a história está contada".
Desde que foi lançado, em 15 de junho, a história real de escravidão moderna e abuso, liderou a audiência no Spotify, conquistando fãs curiosos pela trama de mistérios e crimes. De acordo com dados da Triton divulgados pela Folha de S. Paulo, os seis episódios divulgados anteriormente somam quase sete milhões de downloads.
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O local onde a criminosa se escondeu durante os últimos anos, o palco da história, se tornou quase um ponto turÃstico no bairro nobre de Higienópolis, em São Paulo. A construção está localizada na rua PiauÃ, número 1.111, próximo à praça Vilaboim, ao lado edifÃcio Louveira, pensado em 1946 pelo arquiteto Vilanova Artigas. A residência está em uma região que conta com um dos metros quadrados mais caros da capital paulista.
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Na tarde desta quarta-feira (20/07), Felitti acompanhou a entrada da polÃcia no casarão de Margarida Bonetti para averiguar maus-tratos a animais. O profissional afirmou nas redes sociais que sua presença no local se deu justamente para gravar o episódio extra.
Entenda o caso
Tudo começou na década de 1970, quando a Margarida casou-se com Renê Bonetti. Os dois, pouco tempo depois, se mudaram para os Estados Unidos, levando consigo uma empregada doméstica. Brasileira e analfabeta, a mulher foi um "presente" dado aos noivos pelo pai de Margarida para cuidar da residência onde ficariam.
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O casal teria mantido essa funcionária, que não teve seu nome revelado, em condições análogas à escravidão, sofrendo agressões, sem receber salário por anos, além de não ter acesso aos armários ou geladeira do local. A vÃtima só conseguiu fugir em 2000, com a ajuda de uma vizinha, durante uma viagem dos patrões pelo Brasil. A polÃcia americana foi acionada e o caso passou a ser investigado.
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Com isso, o FBI indiciou Renê, que se naturalizou norte-americano, foi condenado a seis anos de prisão no paÃs pelos crimes. Margarida, por sua vez, se livrou da condenação e fugiu para a capital paulista, onde passou a morar na mansão de seus pais desde então.
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"Mari", como se apresentou aos vizinhos, aparece poucas vezes no exterior do local, além de sempre usar um tipo de creme branco em toda face. Alguns dizem que ela utiliza o produto para não ser reconhecida, outros pensam que ela pode ter uma doença de pele.