Cantor e compositor Péricles participou do Roda Vida, na TV Cultura, na noite desta segunda-feira (04/09). A jornalista Claudia Alexandre relembra que, no final dos anos 90, muitos grupos de pagode acabaram e os vocalistas seguiram carreira solo. Mas o Exaltasamba continuou por mais de 10 anos. Assim, ela questionou o que levou o grupo ter continuado e os motivos de ter encerrado no auge.




 

O sambista, que foi um dos integrantes do Exaltasamba, confessou que esse é um assunto difícil de falar até hoje, mas explica que os integrantes já tinham conquistado tudo em conjunto.

 

"Na época, anunciamos que eu e o Thiaguinho seguiríamos em carreiras solo. Não foi o fim do grupo. Os outros remanescentes iam continuar. Mas, enquanto grupo, a minha história, do Thiaguinho e do Pinha tinha terminado. No grupo, nós conquistamos tudo o que um artista almeja. Se a gente continuasse buscando esses números, em caso de sucesso, seria mais do mesmo, caso não, seria uma tragédia. Então, preferimos parar naquele momento no auge", explicou.

 

Péricles que comemora 11 anos de carreira solo em 2023, revela que muitas pessoas perguntam se, algum dia, o Exaltasamba vai voltar. Com a formação clássica, ele afirma que é muito difícil, pois considera quase impossível conciliar a agenda do restante do grupo que teve na última formação os artistas: Thiaguinho, Pinha Presidente, Thell e Brilhantina.




"Nesse momento é bem difícil. Nunca diga nunca. Mas...".

Um dos maiores grupos de pagode nacional, ExaltaSamba surgiu em 1986, com Péricles como um dos fundadores.  Com o passar dos anos, o grupo foi tomando estruturas diferentes, vocalistas e instrumentistas diferentes.

 

Mesmo com tantas mudanças, o grupo conseguiu conquistar o público de forma consolidada, pois até hoje, as músicas continuam a tocar nos bares, rádios e programas de televisão. Alguns dos maiores sucessos da banda são: Céu e Fé; Tá vendo aquela Lua; Até o Sol quis ver; Como nunca amei ninguém, entre outras. O pagode conquistou o público, o que gerou diversos prêmios para o conjunto.

 

Confira, abaixo, a entrevista na íntegra:

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