A defesa do ex-vereador Jairo Souza Santos Júnior, conhecido como Dr. Jairinho, conseguiu uma liminar no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) que proíbe a TV Globo de exibir uma edição do Linha Direta que estava programada para ir ao ar nesta quinta-feira (18/05).




O programa comandado por Pedro Bial abordaria o assassinato do menino Henry Borel, de 4 anos, em 2021. Jairinho é acusado de ter matado o garoto, e a mãe de Henry, Monique Medeiros, foi denunciada como cúmplice.

 

De acordo com as informações em primeira mão da colunista Patrícia Kogut, do jornal O Globo, a juíza Elizabeth Machado Louro, alega que "o processo ainda pende de julgamento e a exibição em canal aberto e por emissora de grande alcance não parece servir aos propósitos informativos que possam ser alegados". 

 

Para a magistrada, ainda, a exibição da atração pode fazer com que os julgadores tivesse sua imparcialidade alterada. "O réu deve será julgado por um corpo de juízes leigos e tal exposição poderá colocar em risco a imparcialidade dos julgadores", diz outro trecho da liminar.




 

Vale destacar, que o caso que o Linha Direta trataria não está em segredo de Justiça. Inclusive, as audiências são transmitidas ao vivo pelo canal do Tribunal de Justiça do Rio, na internet. A data do julgamento ainda não foi definida.

 

O programa policial já havia conversado com todos os advogados envolvidos no caso, inclusive Cláudia Dalledone, de Jairinho, e o promotor Fábio Vieira, além do pai de Henry Borel, Leniel Borel. A emissora já recorreu da decisão e que, por enquanto, suspendeu as chamadas da atração na programação.

 

O Linha Direta voltou ao ar no início deste mês nas noites de quinta-feira, após 16 anos fora da grade do canal da família Marinho. Nos dois primeiros episódios, o programa teve grande repercussão ao mostrar crimes que chocou o Brasil, como o caso Eloá (2008) e a barbárie de Queimadas (2012).

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