O ex-ator Guilherme de Pádua, condenado pelo assassinato da atriz e bailarina Daniella Perez (1970-1992), usou seu canal no YouTube para comentar a série Pacto brutal, produção documental que estreou na última quinta-feira (21/07). Pádua reclamou bastante do resultado, chamando a produção de parcial, e destacou que soube do documentário de surpresa pela imprensa e não foi procurado para dar seu depoimento. Além disso, ele fez ameaças de apresentar sua versão dos fatos e novas evidências sobre o crime que ele cometeu, juntamente com a ex-esposa, Paula Nogueira Tomás.




"Surgiu a notícia de que eu teria bloqueado minhas redes sociais por saber deste seriado. Isso não é verdade, porque em maio de 2020, quando saí, ainda não sabia desse seriado. Alguém aí tinha notícia? Eu fiquei sabendo há seis meses, de surpresa, não fui procurado", iniciou.

 

"Naquele tempo, estávamos no auge da pandemia. E, naquele tempo, parece que o debate estava interditado. A animosidade estava grande, e a minha vida envolve várias dificuldades de comunicação. Por isso, esse pastor me disse isso. As redes sociais são muito úteis para mim, e a imprensa nunca me deu voz, porque um lado sempre me persegue e com toda a razão, eu entendo. Se eu estivesse no lugar delas, eu faria isso também. Mas, já que eu sou eu, preciso me defender. E as redes sociais são úteis para isso", continuou.

 

O agora pastor da Igreja Batista da Lagoinha em sua cidade natal, Belo Horizonte, Minas Gerais, disse que tem procurado pensar o mínimo possível no crime que chocou o país, ocorrido em 1992. Segundo ele, houve um sentimento de tristeza e opressão, mas fez questão de lembrar que tem certeza que os envolvidos no caso, a família da mãe da artista, a escritora Gloria Perez sofreu muito mais. Daniella tinha 22 anos e estava no auge da carreira. "Não vou me fazer de vítima, mas não é nada agradável [essa situação]", afirmou. "Já passei noites tentando consertar, mas não tem como consertar o passado", acrescentou.




 

Guilherme de Pádua diz ainda que assistiu o seriado no dia seguinte em que a HBO disponibilizou os dois primeiros episódios. "Você vai assistir uma série totalmente parcial, o que significa isso? Um trabalho de investigação, um jornalismo investigativo, ele pretende trazer à luz todas as evidências, as provas e apresentar as hipóteses, que cabem, com a dinâmica do que foi descoberto, com as provas, com as perícias", explicou. "E a HBO tinha condições de fazer uma coisa bastante completa e dar a nós, espectadores, o direito de fazermos a nossa própria análise. A HBO perdeu essa oportunidade", continuou.

"Eu consigo quebrar de forma devastadora algumas das teses que estão sendo apresentadas. A HBO, tão famosa, tão profissional, deu uma bobeira dessas, deixou essa lacuna para que um concorrente possa apresentar as provas, as evidências que estão sendo ocultadas de você que está assistindo essa série".

Hoje aos 52 anos de idade, e tendo cumprido apenas sete anos em regime fechado por homicídio qualificado, com motivo torpe, de Pádua disse que cogita abrir o jogo e "trazer algumas coisas" sobre o caso, sem dizer exatamente o quê. "Pode aguardar que eu vou trazer algumas coisas. Não é pra dizer acredite na minha versão, mas pra você mesmo pensar, né? Coisa que eles não estão fazendo, como aquela imprensa marrom, aquela imprensa que é tendenciosa que quer puxar a sardinha para um lado, essa série está totalmente baseada somente na versão da acusação", declarou ele, olhando fixamente para a câmera.

 

O vídeo de 4 minutos e 8 segundos estar disponibilizado no canal de Guilherme de Pádua no YouTube, que conta com 2,7 mil inscritos. Confira, abaixo:

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