A Fundação Hemominas barrou uma iniciativa da cantora Ludmilla para o incentivo à doação de sangue em Belo Horizonte. A funkeira pretendia repetir a campanha feita no Rio de Janeiro, que oferece ingressos para o show Numanice para os fãs que doarem sangue. A proposta, entretanto, foi recusada por questões legais.




Em nota enviada à imprensa, o Hemominas, entidade responsável pelas doações de sangue em Minas Gerais, informou que agradeceu a artista pela iniciativa, mas que precisou recusar devido a entraves legais. A proposta da equipe de Ludmilla era de ofertar 700 convites aos admiradores que realizassem efetivamente a doação de sangue. O problema, segundo a fundação, é que a campanha obrigaria a instituição a enviar dados pessoais dos doadores, protegidos pela Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).

 

"Todavia, e considerando que somos regidos pelas leis do Direito Público, temos o dever de seguir as legislações atuais que proíbem o oferecimento de benefícios, direta ou indiretamente, ao doador pela doação de sangue", justificou o Hemominas, em comunicado.

 

A instituição explicou, que as legislações que proíbem o oferecimento de benefícios a doadores de sangue têm por objetivo manter a qualidade e segurança do sangue. Além disso, a Hemominas opta por manter a coerência com o posicionamento do Ministério da Saúde, "no intuito de trabalhar pautada pela conscientização, e criando uma cultura de altruísmo nos doadores, o que de fato garantirá a segurança e manutenção dos bancos de sangue de forma permanente, sem a dependência de ganhos diretos ou indiretos para seu comprometimento com a causa".




 

Em julho deste ano, Lud fez campanha semelhante incentivando a doação de sangue para a edição do show no Rio de Janeiro. Na ocasião, o Hemorio registrou 500 doações em um único dia, o maior número desde que foi criado, em 1944. Os doadores ganharam uma entrada individual para o apresenatação no setor superior. No total, foram mais de 2 mil bolsas de sangue doadas.

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